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Relembre brinquedos que eram sonho de consumo nas décadas de 1980 e 1990

No Dia das Crianças como o desta quinta (12), eram estes jogos e bonecos que mães e pais de hoje em dia queriam de presente

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Algumas das Fofolete do acervo da loja Super Anos 80, em São Paulo Gabriel Cabral/Folhapress

São Paulo

Às vezes é difícil pensar que as mães e pais de hoje em dia também já foram crianças, e que como toda criança saudável eles também adoravam brincar com seus brinquedos favoritos. No Dia das Crianças, era brinquedo que eles queriam —e será que esses tais brinquedos eram parecidos com os atuais?

"Todo fim de semana entra alguém aqui e começam os flashbacks, a pessoa vai falando que tinha esse ou aquele brinquedo, que adorava aquele outro, ou vê alguma coisa e diz que nem se lembrava mais que já tinha brincado com ela, e que agora tudo voltou à memória", diz o Portuga, dono da loja Super Anos 80.

Meu Primeiro Gradiente, de 1984 - Gabriel Cabral/Folhapress

Ele e sua mulher, Denise Carvalho, tocam o espaço no bairro do Cambuci, em São Paulo. Lá dá não só para comprar brinquedos antigos, mas também alugar, brincar e até mesmo só visitar para conhecer. Portuga coleciona coisas há décadas, tem muito orgulho de seu acervo e sabe tudo sobre cada uma das peças que tem.

O brinquedo que ele vendeu pelo valor mais alto até hoje foi um Ferrorama do Beto Carrero lacrado na caixa —o comprador pagou R$ 10 mil por ele. O videogame mais valioso, por sua vez, foi um ColecoVision de 1977 por R$ 25 mil. "Esse vinha com volante para jogar 'Enduro', e com luvas para o jogo 'Rocky 3', além de um adaptador para Atari 2600", lembra Portuga.

O estoque da Super Anos 80 vai crescendo conforme o casal recebe doações de famílias que não querem mais os brinquedos antigos em casa, e também, claro, sempre que eles encontram algo valioso e compram para revender.

Denise conta com 18 pessoas que vivem de olho em brinquedos em vários estados do Brasil —ela os chama de "garimpeiros", porque garimpam feiras, lojas e brechós sempre atrás de alguma preciosidade para a loja.

E, por falar em coisas preciosas, ela mesma lembra que, quando conheceu Portuga, 22 anos atrás, não entendeu muito bem o hábito de colecionar coisas que, para algumas pessoas, podem ser vistas como lixo. "Aos poucos, amigos nossos foram me fazendo perceber o valor que tudo isso tem, que é afetivo e de pura memória", diz.

Ela abraçou tanto a causa do marido que, há uma década, organiza o "Encontro de Colecionadores do Estado de São Paulo", em que pessoas expõem seus acervos de brinquedos, papéis de carta, selos, camisas de times e muitos outros itens. A edição deste ano acontece dia 9 de dezembro.

"A frase que eu mais ouço aqui na loja? Essa é fácil! Todo mundo sempre diz: 'Ah, se minha mãe e meu pai tivessem guardado meus brinquedos…'", brinca Denise.

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