São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 1999




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HENRIQUE
Ex-presidiário vence o diabo
com auxílio pentecostal


Henrique crê que Deus mudou sua vida. Ainda é um homem pobre, mas um pobre digno. Filho de migrantes nordestinos, teve uma vida miserável na periferia de Diadema. Os amigos se perderam nas drogas, no álcool e no crime. Trabalhava quando tinha trabalho, bebia quando tinha um trocado, juntava-se à malandragem quando precisava de dinheiro extra. Juntou-se com uma garota e levantou sua casa sobre a laje da casa dos sogros. Com dois filhos para criar e sem emprego, juntou-se a um bando de amigos para um assalto, depois outro e outro. Acabou preso e condenado. Na cadeia ficou doente. Os remédios que lhe davam não faziam efeito. Numa noite, um companheiro de cela o levou ao culto que uma igreja pentecostal mantinha na cadeia.
Foi então que ficou sabendo das coisas que o diabo fazia para atormentar as pessoas. Aprendeu que a única possibilidade de vencer o diabo é juntar-se a Deus. Henrique ficou do lado de Deus e se curou. Foi escolhido obreiro da igreja na cadeia. Seu bom comportamento contri-buiu para antecipar a liberdade condicional. O pessoal da igreja o amparou fora das grades e lhe arrumou emprego. A mulher e a mãe se converteram. Ele diz que hoje é do bem, mas tem de ficar atento às armadilhas do diabo.


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