São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 1999 |
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EXPANSÃO MUÇULMANA Islâmicos tentam conviver com o mundo globalizado | Nobel de Literatura descreve muçulmano em metrópole | "Guardião do Islã" libera internautas | Saiba mais sobre o Islamismo | Islã rompe a fronteira do mundo árabe | "Não temos de ser iguais ao Ocidente" Eliminar a dor em busca do nirvana | China caça religião das promessas | Templos abertos a qualquer um | Galeria Nobel de Literatura descreve muçulmano em metrópole "Ele leva uma vida contemporânea. Obedece a um direito civil e penal de origem ocidental, está envolvido num baralhamento complexo de transações sociais e econômicas e nunca sabe ao certo em que medida elas estão de acordo ou não com sua fé islâmica. Esquece por um tempo suas preocupações, até que, numa sexta-feira, ouve um imã (autoridade religiosa que comanda a oração, ou líder da comunidade) ou lê a página religiosa de um jornal, reavivando sua inquietude com um certo temor. Ele compreende que, nessa nova sociedade, foi submetido a um desdobramento de sua personalidade: metade de seu ser é crente, reza, jejua e faz a peregrinação (a Meca). A outra metade acirra seu valor de nulidade nos bancos, diante dos tribunais e nas ruas, nos cinemas e nos teatros, ou mesmo em casa, entre os seus, diante da televisão." O egípcio Naguib Mahfouz, Prêmio Nobel de Literatura de 1988, descreve a condição de um cairota muçulmano, numa sociedade influenciada pelo movimento laico no Egito. Autor de obras como "Zuqaq al Midaq" ("A viela de Midaq"), "Miramar", "Aulad haratina" ("As crianças de nosso bairro") e "Alhobb tahta almatar ("O amor sob a chuva"), Mahfouz é um dos principais escritores árabes |
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