A partir desta quarta-feira (9), a Avenida Paulista virá um museu de céu aberto para receber a exposição “Quarta Revolução Industrial”.

Com um quilômetro de extensão, entre a Rua Augusta e Alameda Campinas, a mostra faz parte da quarta edição do evento “Exposição de Maio na Paulista”, organizada pela UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Em comemoração ao dia do trabalho, celebrado no dia 1º de maio, a mostra conta com 30 ilustrações de 12m² Guto Lacaz e Carla Caffé.

Marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, Ricardo Patah, presidente da UGT, acredita que a chamada “Quarta Revolução Industrial” irá revolucionar o mundo do trabalho, das artes, e dos relacionamentos.

“Estamos com 14 milhões de desempregados e ainda não qualificamos ninguém. A área de serviços, que é a base dos trabalhadores da UGT, será a mais afetada. Queremos conscientizar os trabalhadores e chamar a atenção das autoridades”, diz.

Este ano, apenas ilustrações compõem a mostra. Para Patah, a linguagem escolhida “está muito ligada à cultura, e especialmente, às elites. Queremos associá-la aos trabalhadores também”.

Artista multimídia, Guto Lacaz expõe 15 ilustrações com críticas e pitadas de humor. Ele, que não usa celular e o considera “a praga da atualidade”, tem uma obra em que Hamlet segura um celular com a mão.

Ele também tem desenhos que dialogam sobre a inteligência artificial, de forma “positiva”. “Acho que no futuro vai sobrar tempo para o as causas sociais, incluindo a solidariedade”.

Já Carla Caffé mostrou uma visão sob as mulheres durante as revoluções, em que sempre estiveram em posições de submissão perante os homens.

Como em uma imagem que mostra mulheres na linha de produção de uma indústria bélica, na Segunda Guerra Mundial, enquanto os homens estavam nos fronts de guerra.

Quarta Revolução Industrial 
Quarta (9) até 9/6, na Ciclovia da Av. Paulista, entre Rua Augusta e Al. Campinas, grátis