As tentativas de censura e os cortes de incentivo por parte do governo que ocuparam as manchetes de jornais nos últimos meses devem continuar neste ano que se inicia.
Se, por um lado, isso deve fazer com que temas sensíveis ao bolsonarismo sejam menos frequentes entre as peças que fazem uso de dinheiro público, por outro é possível que as montagens patrocinadas pelo setor privado e as curadorias dos festivais apostem em temas mais arrojados.
Setor privado
Temas relacionados a gênero, ditadura militar e sexualidade serão menos frequentes entre as peças subsidiadas pelo governo, mas mais presentes no setor privado.
Dólar
A alta do dólar —a moeda fechou o ano a R$ 4,02—, pode afetar de maneira significativa a vinda de companhias estrangeiras para o país.
Guerra cultural
Com o direcionamento ideológico na Cultura, podem ser mais frequentes nos palcos as pautas religiosas e o revisionismo histórico sobre a ditadura militar.
Festivais mais ousados
Festivais devem se contrapor às pautas conservadoras, com escolhas mais ousadas e um olhar sobre a representatividade de negros e transexuais.
Musicais
Retomarão fôlego depois de um ano difícil, em que o teto da Rouanet foi de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão. Agora, governo elevou para R$ 10 milhões o teto no setor.
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