Um dos nomes mais relevantes da arte atual, Cildo Meireles encerra a série a favor da democracia com esta obra em que satiriza regimes totalitários com a bandeira do Brasil.
Não é a primeira vez que ele ocupa uma página de jornal. Na ditadura, o artista criou suas "Inserções em Circuitos Ideológicos", que fizeram circular mensagens contra o regime em garrafas de Coca-Cola, cédulas de dinheiro e classificados na imprensa. No ano passado, uma colagem dele apareceu sem explicação prévia nas páginas deste jornal.
"Todas. Sempre. Em qualquer lugar. Porque o Brasil hoje, infelizmente, está assim: amarelo ralo, verde oliva, que está desaparecendo, céu cinzento. A situação atual me faz lembrar os versos do Mário Faustino: 'Nem uma só verdade resplandece/ Neste verão sonhado por abutres/ O ano inteiro, o outro ano, e o outro,/ Mentidos pela mímica de um bufo'", afirmou o artista.
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