Um líder religioso indiano pediu a uma marca de roupas brasileira que retirasse a imagem do deus hindu Lord Ganesha de uma de suas linhas de shorts masculino e feminino.
O clérigo hindu Rajan Zed exigiu que a fabricante de roupas Jon Cotre pedisse desculpas por “banalizar profundamente” um dos deuses mais venerados do hinduísmo, a terceira maior religião do mundo, com cerca de 1,2 bilhão de seguidores.
“Lord Ganesha foi feito para ser adorado em templos ou santuários domésticos e não para adornar coxas, quadris, virilhas, nádegas, genitais e pélvis”, disse Zed, que mora no estado americano de Nevada, num comunicado.
A agência Reuters não conseguiu entrar em contato com a empresa em São Paulo na sexta-feira (20), devido ao feriado da Consciência Negra. Na segunda (23), a coleção continuava disponível no site da marca e as imagens dos produtos, em suas redes sociais.
Lord Ganesha é uma das divindades mais conhecidas e adoradas no panteão hindu, rapidamente identificada pela cabeça de elefante.
Zed afirmou que o uso inadequado de divindades, símbolos ou ícones hindus para fins comerciais ofende os devotos.
“As empresas de roupas não deveriam se dedicar à apropriação religiosa, sacrilégio e ridicularização de comunidades inteiras”, disse Zed.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.