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'Age of Empires' volta aos PCs após 16 anos, sem tentar reinventar a roda

Novo título da série de estratégia em tempo real com temática histórica será lançado nesta quinta (28)

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Age of Empires 4

  • Onde PC
  • Preço R$ 199,99 (incluído no Xbox Game Pass)
  • Classificação 12 anos
  • Produção Relic Entertainment e World's Edge

"Age of Empires 4" chega aos PCs nesta quinta-feira (28) tentando recuperar a saudosa franquia da Microsoft após 16 anos de expansões, relançamentos e jogos para aparelhos móveis de pouco sucesso. Para isso, em vez de revolucionar a série, a sequência busca na trilogia original –em especial "Age of Empires 2"– as bases para atrair fãs nostálgicos e conquistar uma nova geração de gamers.

Seguindo a tradição dos títulos anteriores, "Age of Empires 4", produzido pela Relic Entertainment e pela World's Edge (estúdio criado pela Microsoft para supervisionar os games da franquia), é um jogo de estratégia em tempo-real (RTS) em que o jogador assume o controle de uma civilização com características históricas baseadas na realidade e disputa o controle dos recursos em um mapa predeterminado contra outros jogadores.

O novo título volta a ter como pano de fundo o período histórico da Idade Média, também representado em "Age of Empires 2", quebrando o padrão dos primeiros três games principais da franquia (produzidos pelo finado Ensemble Studios), já que cada um deles se inspirava em um período histórico diferente –"Age of Empires" ia da Idade da Pedra à Idade do Ferro e "Age of Empires 3" do início da Idade Moderna a meados do século 19.

Essa semelhança com "Age of Empires 2" também é vista em boa parte do gameplay e nas características das civilizações presentes no título, com pequenas, e gratas, novidades. A principal delas é a capacidade de esconder exércitos da vista dos inimigos em áreas de floresta, possibilitando a realização de emboscadas. Se bem empregada, a estratégia altera a maneira como as batalhas se desenvolvem.

Entre as oito civilizações presentes no jogo, destacam-se a Mongol e a Rus (representando o povo que daria origem à Rússia). Não por serem mais fortes que as demais, mas por introduzirem mecanismos de gameplay que dão ares mais modernos ao jogo na comparação com outras civilizações.

Aldeões russos, por exemplo, ganham um bônus em ouro quando caçam animais selvagens para obter comida. Já os mongóis recebem recursos extras ao destruir construções inimigas e, inspirados em suas raízes nômades, podem desmontar e mover algumas de suas principais construções, ganhando uma mobilidade sem igual.

As duas campanhas protagonizadas por essas civilizações, por sinal, são bem mais interessantes do que as outras duas disponíveis no jogo, nas quais o jogador assume o controle dos ingleses do período da conquista normanda (1066) até o fim do Império Angevino (1217) e dos franceses durante a Guerra dos Cem Anos (1337-1453) —essas funcionam quase como uma continuação do tutorial.

O modo campanha, aliás, é um dos pontos fortes de "Age of Empires 4". Os objetivos são bem diversos e incentivam o jogador a explorar diferentes mecânicas do jogo. Além disso, cada novo capítulo completado libera um minidocumentário sobre a vida na Idade Média, explicando, por exemplo, como era a fabricação de armas medievais ou os desafios de se construir um castelo com a tecnologia da época. Prato cheio para quem gosta de história ou quer aprender mais sobre esse período.

Após tanto tempo sem um novo grande lançamento da franquia para saciar o apetite dos fãs, é compreensível que os responsáveis por "Age of Empires 4" tenham se preocupado em continuar fiéis às origens da série. As boas novidades introduzidas pela Relic, porém, deixam a impressão de que um pouco mais de ousadia poderia elevar o game de patamar e realmente revitalizar a série.

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