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Coleção Folha publica Ruth Benedict, nome central da antropologia americana

Em 'Padrões de Cultura', nova-iorquina analisa três sociedades diferentes sem fixar hierarquias

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São Paulo

Um clássico da antropologia é o livro desta semana da Coleção Folha Os Pensadores –"Padrões de Cultura", de Ruth Benedict, traduzido por Ricardo Rosenbusch.

A nova-iorquina Ruth Benedict, morta em 1943, foi, ao lado de Margaret Mead, morta em 1978, um dos maiores nomes da antropologia em seu tempo. Em "Padrões de Cultura", de 1934, ela pesquisa, comparativamente, três sociedades —os zunhis, dos Estados Unidos, os kwakiutl, do Canadá, e os dobuanos, da Melanésia. Em vez de fixar hierarquias entre sociedades supostamente avançadas e outras, que seriam primitivas, ela privilegia as diferenças.

aquarela em tons de azul
Aquarela de Chris Eich que estampa a capa do 22º volume da Coleção Folha - Os Pensadores, o texto da antropóloga americana Ruth Benedict 'Padrões de Cultura' - Chris Eich/Reprodução

Benedict afirma que "para o antropólogo, nossos costumes e os de uma tribo da Nova Guiné são dois arranjos sociais possíveis para lidar com um problema comum e, por ser um antropólogo, ele tem de evitar qualquer consideração maior em relação ao outro".

Assim, o antropólogo "está interessado no comportamento humano não como uma determinada tradição —a nossa— o moldou, mas como tem sido moldado por quaisquer tradições". "Está interessado na grande gama de costumes que encontramos em diversas culturas e seu propósito é compreender como estas culturas mudam e se diferenciam, as diferentes formas pelas quais elas se expressam e de que maneira os costumes dos povos funcionam na vida das pessoas que os compõem."

O resultado é uma afirmação vigorosa da relatividade cultural. "O reconhecimento da relatividade cultural traz consigo seus próprios valores, valores estes que não precisam ser os das filosofias absolutistas. Ele desafia as opiniões costumeiras e incomoda muito aqueles que nelas foram educados. Inspira pessimismo porque gera confusão quanto às antigas fórmulas, não porque contenha nada intrinsecamente difícil", afirma a autora.

Contudo, Benedict vê justamente aí o alicerce de uma nova maneira de viver. "Assim que a nova opinião for adotada como crença habitual, ela será outro bastião fidedigno da boa vida. Alcançaremos então uma fé social mais realista, aceitando como motivos de esperança e bases para a tolerância os padrões de vida coexistentes e igualmente válidos que a humanidade criou para si com as matérias-primas da existência."


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