Anitta chega de moto ao Coachella e leva favela e bandeira do Brasil ao palco

Cantora misturou hits em português, espanhol e inglês e cantou com Snoop Dogg e Saweetie

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São Paulo

Anitta vestiu a bandeira do Brasil em sua apresentação no Coachella, um dos maiores festivais de música dos Estados Unidos, nesta sexta (15). De cropped e shortinho nas cores verde, amarela e azul, ela levou o país ao palco não só com o português de sua música, mas também com figurinos, cenários e coreografias que exaltavam suas origens.

Ela aterrissou no evento californiano numa moto, enquanto casinhas e outras projeções ao fundo recriavam uma favela. Dançarinos se posicionaram diante delas e em meio a mesas de bilhar e caixas de cerveja, bem como o rapper Snoop Dogg, que apareceu para introduzir a artista e abrir o show com "Onda Diferente", parceria deles com Ludmilla.

Anitta então se uniu aos instrumentistas em frente a um tambor, tocando num ritmo que remetia a "Me Gusta", música que ela cantou na sequência. Na parte da faixa entoada por Cardi B, a brasileira aproveitou para rebolar o bumbum com os dançarinos e até arriscou alguns passos discretos de samba.

As coreografias enérgicas, aliás, deram o tom do show, que pôs a plateia para dançar ao longo de sua quase uma hora de duração. O público também se animou quando a rapper Saweetie apareceu por poucos segundos para acompanhar Anitta em "Faking Love", a terceira canção do show.

As casinhas que compunham a favela digital do cenário ganharam, então, contornos em neon para a artista apresentar "Sua Cara", lançada há cinco anos com Pabllo Vittar, que curtia a apresentação da plateia, num aquecimento para a sua vez de subir ao palco, o que acontece na madrugada entre este sábado e domingo.

A drag queen gravou um vídeo ouvindo a canção ao lado de Diplo, anônima na multidão de gente que acompanhava Anitta em sua Torre de Babel musical.

"Machika", parceria com J. Balvin e Jeon, veio na sequência, adiantando sua primeira troca de figurino do show. Enquanto estava nos bastidores, capoeira e projeções de paisagens brasileiras mantinham o público animado.

Bumbuns chacoalhavam para recebê-la de volta ao palco, ao som do refrão de "Combatchy". Num macacão com motivo de zebra, colorido e coberto de glitter, ela cantou "Envolver", que já pode ser considerado o maior hit de sua carreira, após se tornar a música mais ouvida do Spotify no mundo, no fim do mês passado.

"Thank you so much, Coachella. Hola, latinos. E aí, Brasil", disse ela, emendando "Downtown" e, em seguida, "Girl From Rio" e "Boys Don't Cry". "Bum Bum Tam Tam" tocou para que os dançarinos cobertos de jeans entretessem o público durante mais uma troca de roupa de Anitta.

O cenário se transformou, então, num paredão de som, recriando um baile funk para que a brasileira cantasse os hits "Rave de Favela", "Vai Malandra", "Movimento da Sanfoninha" e "Bola Rebola", acompanhada de Diplo na mesa de DJ. "This is Brazilian funk", bradou ela, pouco antes de finalizar a apresentação dizendo que amava o Brasil.

Lá fora, vários veículos repercutiram o show da cantora. A Variety disse que Anitta "surpreende o Coachella com set selvagem e sexy estrelando Snoop Dogg, Saweetie e muito bumbum". A revista também afirmou que "é seguro dizer que Anitta deixou a sua marca".

a Vulture frisou que ela foi a primeira artista brasileira num show solo no palco principal do Coachella, enquanto o Los Angeles Times lembrou que Anitta é "a maior artista brasileira no mundo hoje". "Ela trouxe um gostinhos do Rio para o palco do Coachella. Com o apoio de uma banda funk-rock e um cenário intrincado feito para parecer uma favela, ela passeou pelos seus hits —em nada menos que três idiomas", escreveu ainda.

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