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Beyoncé, com 'Break My Soul', quer fãs dançando como na era pré-TikTok

Cantora lançou a primeira faixa do álbum 'Renaissance', fazendo alusão à disco music e aos bailes de performance

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A disco music está de volta. Não que Dua Lipa já não tivesse deixado isso bem claro com seu último e badalado álbum, "Future Nostalgia", ou Lizzo com "About Damn Time", mas agora é Beyoncé, uma das maiores artistas da história da música pop, quem orquestra a retomada, com "Break My Soul", música que lançou na madrugada desta terça-feira.

Primeiro single do disco "Renaissance", ele é como um pedido para que os fãs se joguem na pista de dança –algo que estavam loucos para fazer, seja pela memória dura e ainda recente da pandemia, seja pela espera de seis anos por um novo álbum solo de estúdio dessa que é uma das maiores divas do pop.

Capa do single "Break My Soul", da cantora Beyoncé
Capa do single "Break My Soul", da cantora Beyoncé - Divulgação

Com sua batida constante e marcante, "Break My Soul" –algo como quebrar a minha alma– dá um chega para lá nas dancinhas coreografadas e comerciais de TikTok e convida os ouvintes a se entregarem ao ritmo de forma livre e espontânea, como bem lembrou a ex-BBB e fã confessa Camilla de Lucas nas redes sociais.

Não é difícil imaginar a faixa tocando numa festa de disco, ou em meio à cena ballroom dos anos 1980 e 1990, ou numa balada da rua Augusta. É uma canção feita sob medida para a performance, com tom celebratório, mas nem por isso menos potente –falamos, afinal, de uma cantora que lançou por último "Lemonade", disco pautado pela vivência dos negros, especialmente das mulheres, nos Estados Unidos.

A nova letra de Queen B, como o ritmo sugere, também fala em se libertar de amarras –"eu acabei de me apaixonar, e eu acabei de deixar meu emprego", canta já no começo. "Estou procurando uma nova base, estou numa nova vibração, estou construindo minha própria base", continua, antes de dizer, como num mantra, para que os ouvintes liberem a raiva, o estresse, o amor, a mente.

Em "Break My Soul", Beyoncé fala diretamente com seu público mais fiel, os millennials, aqueles que a ouvem desde o comecinho dos anos 2000, desde os tempos de Destiny's Child. Hoje, eles levam às rodas de conversa temas como burnout, a frustração com o clima político, a urgência pela representatividade e um sentimento de nostalgia, de volta a um passado mais simples e menos conectado.

É por isso que ela busca motivação e é por isso que vai construir sua própria base, em busca de salvação, como entoa na nova faixa. E deixa claro, a toda hora que "você não vai quebrar a minha alma".

"Break My Soul" marca mais uma parceria entre Beyoncé e Tricky Stewart e The-Dream, time que também produziu "Single Ladies", que curiosamente antecipou a onda de passinhos do TikTok com seus "oh, oh, ohs" dançantes e mãozinhas em busca de um anel.

O disco "Renaissance", que já pode ser considerado um dos maiores do ano, tamanho é o impacto do furacão Beyoncé, será lançado no dia 29 de julho. De acordo com rumores, ele será uma mistura de dance music e faixas com influência do country. Entre os colaboradores estão nomes por trás de sucessos como "Halo" –ou seja, é a receita perfeita para mais um grande acerto de Queen B.

Pouca coisa sobre o disco foi confirmada até agora, mas o lançamento de "Break My Soul" indica que ele será dividido –a faixa recém-lançada, afinal, compõe o "primeiro ato", de acordo com o material de divulgação.

Desde "Lemonade", os fãs puderam ouvir Beyoncé em outros álbuns, que não eram solo ou de estúdio. Ela fez parcerias com o marido, Jay-Z, e gravou seu show catártico no Coachella, para "Homecoming". Também criou um álbum para o remake do filme "O Rei Leão" e, no começo deste ano, esteve indicada ao Oscar por "Be Alive", de "King Richard: Criando Campeãs".

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