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Paulo Coelho tem falsa morte anunciada por autor de pegadinha contra Ferrante

Italiano que 'mata' celebridades praticamente toda semana repetiu seu método para chamar a atenção dos brasileiros

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São Paulo

Depois de divulgar a falsa morte da escritora Elena Ferrante, o brasileiro Paulo Coelho foi uma nova "vítima" do professor italiano Tommaso Debenedetti nesta segunda-feira.

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O escritor brasileiro Paulo Coelho na fundação que leva seu nome, em Genebra - Niels Ackermann/Lundi13/Folhapress

Ao contrário da primeira, que chegou a ser publicada pelo jornal britânico The Independent e logo retirada do ar há duas semanas, dessa vez a postagem, feita em um perfil falso da editora Companhia das Letras —que publica o autor pelo selo Paralela—, não teve a mesma repercussão imediata em veículos brasileiros e foi tirada do ar.

Paulo Coelho tem falsa morte divulgada em conta no Twitter que imita a da editora Companhia das Letras
Paulo Coelho tem falsa morte divulgada em conta no Twitter que imita a da editora Companhia das Letras - Reprodução

A publicação no Twitter trazia apenas uma antiga foto em baixa resolução do autor com a frase "escritor Paulo Coelho morre de infarto aos 75 anos", além de uma versão em inglês.

Debenedetti, que sempre assina as suas pegadinhas, usou o mesmo método empregado para "matar" Elena Ferrante, quando copiou o perfil de uma editora espanhola, dizendo que a morte da autora —que se esconde sob um pseudônimo— tinha sido confirmada por seu editor.

O italiano cria notícias do gênero há cerca de uma década, e já anunciou a falsa morte de outros escritores e personalidades públicas em frequência praticamente semanal. Kazuo Ishiguro, Haruki Murakami, Margaret Atwood, o papa Bento 16 e Fidel Castro são alguns dos nomes desse portfólio macabro.

Suas farsas incluem ainda a invenção de entrevistas com autores como John Grisham, Arthur Miller, Gore Vidal, Toni Morrison, Derek Walcott e Philip Roth, que chegaram a ser vendidas para jornais italianos. O farsante foi descoberto pela primeira vez em 2010, quando um jornalista perguntou a Roth sobre as suas críticas a Obama numa entrevista ao jornal italiano Libero. O escritor negou ter dado a entrevista.

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