Na onda de 'The Crown', veja filme e séries sobre fortes monarcas

Edição da newsletter Maratonar tem Cleópatra, Game of Thrones e outras dicas

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São Paulo

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Outras fortes monarcas além de Elizabeth 2ª

Um assunto provavelmente vai dominar as redes sociais na próxima quarta (9): a transição. Não, nenhuma relação com a troca de governo no país mas, sim, com a mudança de elenco de "The Crown", que estreia a quinta e penúltima (será?) temporada na Netflix.

Desta vez, Imelda Staunton assume a coroa de rainha Elizabeth 2ª, mas os olhos estarão voltados para Elizabeth Debicki, idêntica à princesa Diana —o erro do elenco foi Dominic West, muito bonito para ser o príncipe Charles.

Inspirada em "The Crown", a newsletter relembra fortes monarcas de outras nações que inspiraram filmes e séries disponíveis no streaming. E quem quiser conferir mais reis e rainhas ingleses, clique aqui.

Cleópatra

Os mais jovens talvez fiquem assustados com a duração deste clássico de 1963 dirigido por Joseph L. Mankiewicz: 4 horas e 12 minutos. Seria algo como uma minissérie de seis episódios de 42 minutos. A superprodução mostra como Cleópatra (Elizabeth Taylor), a jovem rainha do Egito, se une a Júlio César (Rex Harrison) para evitar a invasão de seu reino. Após a morte do líder romano, ela seduz Marco Antônio (Richard Burton) para ter sustentabilidade e continuar no poder. A produção é recheada de polêmicas, mas a principal foi a relação de Taylor e Burton, que se apaixonaram e largaram seus respectivos cônjuges para oficializar a união… algumas vezes.

Disponível no Star+ (252 min.)

Game of Thrones

Este é um trono maldito. Quem senta, corre risco de vida. Mesmo assim, todo mundo quer. Ao longo de oito temporadas, muitos usaram a coroa. Dá para escolher o seu monarca preferido ou o mais odiado. Tivemos, por exemplo, o rei Joffrey, o sádico. A mais marcante, porém, foi a rainha Cersei (Lena Headey), ambiciosa, obcecada por poder, pelos filhos e com muito apreço pelo irmão. A coroa demorou para chegar, mas Cersei sempre foi uma presença influente no jogo. Salve a rainha.

Disponível na HBO Max (8 temporadas, 73 episódios)

A Imperatriz

Nos tempos em que este escriba foi balconista de videolocadora de VHS (quem não entendeu, dê um Google), fazia sucesso a trilogia de filmes "Sissi", protagonizados por Romy Schneider nos anos 1950. A história de Elisabeth Amalie Eugenie, a Sissi, é resgatada em uma suntuosa série alemã da Netflix. A trama mostra como a jovem e moderna Sissi se casa com o imperador Francisco 1º e se torna imperatriz da Áustria; mas, ao mesmo tempo, precisa lidar com parte da corte vienense e com a sogra, que é uma peste. Curiosamente, outra série chamada "Sissi" foi lançada quase simultaneamente. Também em seis episódios, está disponível na Globoplay (e está na lista deste escriba).

Disponível na Netflix (6 episódios)

A Jovem Rainha
O finlandês Mika Kaurismaki levou à tela a história da rainha sueca Cristina, monarca desde criança, mas que teve que esperar até os 18 anos pela coroação. Ao contrário do clássico "Rainha Cristina" (1933), com Greta Garbo, a rainha é retratada aqui como lésbica e tem um envolvimento amoroso com uma dama de honra. O longa também retrata o papel de liderança de Cristina, nas guerras e na corte, que não apreciava suas ideias progressistas. Há até embates filosóficos entre a rainha e o filósofo René Descartes.

Disponível no Prime Video (106 min.)

Maria Antonieta
Ainda quando era adolescente, a princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada para a França para se casar com o príncipe Luís 16. Entre muitos rega-bofes nas suntuosas instalações de Versailles, Maria consegue produzir herdeiros (com algum esforço), torna-se rainha, conhece amantes, seduz a corte e perde a cabeça (nem dá para chamar de spoiler). Tudo ao som de uma trilha moderna, do new wave ao pós-punk, e sob o olhar singular de Sofia Coppola, que registra a rainha quase como uma entediada vítima das circunstâncias.

Disponível no Lionsgate+ (123 min.)

The Great
A série, com duas temporadas e uma terceira a caminho, avisa logo na abertura que trata-se de "uma história ocasionalmente real". De fato, a corte russa muitas vezes parece mais próxima da novela "Que Rei Sou Eu?". A trama começa com a jovem Catarina (Elle Fanning) viajando para se casar com Pedro (Nicholas Hoult) e se tornar a czarina do império russo. Em pouco tempo, ela se vê isolada e com um marido boçal que só pensa em comida, guerra e sexo. Assim, Catarina não tarda em ganhar aliados para planejar um golpe de Estado no próprio cônjuge. Com muito humor e o casal central afiado, a série leva a assinatura de Tony McNamara, roteirista de "A Favorita".

Disponível no Lionsgate+ (2 temporadas, 20 episódios)

Elle Fanning e Nicholas Hoult em cena da segunda temporada da série "The Great"
Elle Fanning e Nicholas Hoult em cena da segunda temporada da série 'The Great' - Divulgação

Catarina, a Grande

Uma versão mais série para a czarina da Rússia está nesta série coproduzida pela HBO —mas disponível na Globoplay. Helen Mirren, que tem experiência em coroas e tronos (Oscar por "A Rainha"), interpreta a protagonista. A série se ocupa em boa parte da relação amorosa da imperatriz com o militar Grigory Potemkin (Jason Clarke), que também funciona como conselheiro. Leia a crítica de Luciana Coelho.

Disponível na Globoplay (4 episódios)

The Serpent Queen

Outra Catarina, outro país. Mesma obsessão. A Ótima Samantha Morton interpreta Catarina de Médici, temida rainha da França. A série começa com ela mais velha, aguardando a coroação do filho. E a própria resolve contar sua história para uma criada (que se torna uma espécie de confidente), desde a adolescência, quando foi obrigada a se casar com o príncipe francês aos 14 anos. Com uma montagem mais moderna, a série tem diálogos e cortes rápidos e a protagonista fala ocasionalmente com a câmera, no melhor estilo "House of Cards". A produção já teve sua segunda temporada confirmada.

Disponível no Lionsgate+ (8 episódios)

The White Queen + The White Princess + The Spanish Princess

Estas três séries disponíveis na Lionsgate+ não precisam ser vistas necessariamente como uma trilogia, mas partem da mesma fonte: os best-sellers da escritora Philippa Gregory, que retrata mulheres fortes que passaram pelo trono inglês. A mais recente, "The Spanish Princess", é a única que ganhou duas temporadas e apresenta a trajetória da espanhola Catarina de Aragão (haja Catarina), antes e depois de se casar com Henrique 8º —e antes de Ana Bolena entrar na brincadeira. Quem quiser emendar todas, terá uma bela maratona.

Disponível na Lionsgate+ ("The White Queen": 10 episódios; "The White Princess": 8 episódios; "The Spanish Princess": 2 temporadas, 16 episódios)


O que tem de novo

The White Lotus - 2ª temporada

Estreou no domingo (30) o primeiro episódio da nova temporada de uma das melhores séries de 2021. Depois do primeiro ano em um resort havaiano, desta vez, um novo grupo de hóspedes chega a um hotel de luxo da rede White Lotus na Sicília (Itália). O único personagem que retorna é o da milionária carente interpretada por Jennifer Coolidge (que lhe rendeu um Emmy de atriz coadjuvante), mas não é necessário ver a primeira temporada, ainda que valha a pena. A ela junta-se F. Murray Abraham, como um octogenário que paquera todas as jovens do hotel, Theo James e Meghann Fahy, como um casal rico e alienado, e Simona Tabasco, como uma prostituta de olho nos hóspedes. Como na primeira temporada, sabemos de um crime no início, antes de um grande flashback.

Disponível na HBO Max (1 temporada de 6 episódios + 1 da 2ª temporada; novos episódios aos domingos)

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