Descrição de chapéu Artes Cênicas

Para Susana Vieira, governo nenhum ajuda a arte, nem o de Lula nem o de Bolsonaro

Atriz, que foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff, diz que não apoia o ex-presidente, mas prefere ficar em silêncio

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São Paulo

Susana Vieira hoje prefere não discutir política, numa postura diferente da que é adotada por boa parte dos notórios medalhões da Globo, como Regina Duarte e Cássia Kis, militantes de Bolsonaro, ou José de Abreu e Vera Holtz, defensores de Lula. A atriz discutiu seus posicionamentos políticos em entrevista à Folha.

Retrato de Susana Vieira, aos 80 anos, no teatro Vivo, onde apresenta a peça 'Shirley Valentine'
Retrato de Susana Vieira, aos 80 anos, no teatro Vivo, onde apresenta a peça 'Shirley Valentine' - Bruno Santos/Folhapress

De camiseta verde e amarela estampada com o rosto do ex-juiz Sergio Moro, a atriz participou de manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Embora hoje prefira o silêncio, ela afirmou, em entrevistas nos últimos anos, que era contra a corrupção e o PT, mas que não fez campanha para Jair Bolsonaro nem apoiava seu governo.

"Tenho uma assessora de imprensa que sabe tudo o que eu posso ou não falar", disse a atriz a este jornal. "Pode dar um exemplo?", o repórter questionou. "Não vou dar exemplo porque prefiro não tocar em assuntos que não são importantes hoje, que é o dia da minha peça. Isso é muito mais importante do que acontece em Brasília."

"Tem medo de incomodar?", o repórter voltou a questionar. "Não é por isso. É porque estou aqui fazendo teatro, fazendo televisão, paguei uma passagem de avião, dei emprego para muita gente, então me sinto brasileira e orgulhosa. Quem não fizer seu trabalho lá em cima o problema é deles. O governo não ajuda a arte. Não tem um político que vai ao teatro, então a gente não depende deles. Pode entrar quem quiser lá. Eles não vão estragar o país. Enquanto a cultura e os artistas estiverem vivos, o Brasil vai continuar."

Susana está gravando seu próximo folhetim, "Terra Vermelha", de Walcyr Carrasco. Também está em cartaz em São Paulo, de sexta a domingo, com "Shirley Valentine", um monólogo protagonizado por uma mulher que, ao enfrentar uma crise conjugal, tem um vislumbre do que poderia estar vivendo, não fosse seu casamento.

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