Entenda por que sucuri-amarela, apesar da fama, é inofensiva a humanos

Com quase cinco metros de comprimento, serpente prefere distância das pessoas e não quebra os ossos de suas presas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Passados quase dois meses do lançamento, a Coleção Folha Fauna Brasileira para Crianças promove uma estreia. No livro que chega às bancas neste domingo, dia 14, um réptil pela primeira vez é apresentado aos leitores.

A escolhida foi a sucuri-amarela, serpente que pode chegar a quase cinco metros de comprimento e 40 quilos. "No início da coleção, a preocupação foi trazer espécies conhecidas para despertar o interesse das crianças", afirma Rodrigo Pires, que faz a coordenação técnica dos volumes. "Agora chegamos aos répteis."

Sucuri-amarela em fotografia da Coleção Folha Fauna Brasileira para Crianças - Divulgação

Batizado assim pelas manchas áureas e esverdeadas na pele, essa sucuri é o primeiro bicho da série que pode causar medo no público. Mas, apesar das cores vibrantes, de ser parte do grupo das jiboias, de ter cem dentes na boca e de comer capivaras e porcos silvestres, ela é inofensiva.

Primeiro, porque estamos bem longe de ser parte de seu cardápio. Segundo, porque essa espécie não tem veneno, glândulas produtoras de toxinas e presas inoculadoras. Na hora do bote, ela mata a vítima enrolando-se sobre o corpo dela. Aqui cai outro mito. A sucuri não quebra ossos da caça nesse processo, mas causa parada circulatória.

"Elas não agridem ninguém e preferem distância dos seres humanos. Apenas se defendem se surgir potencial agressor", diz o biólogo Thomaz Barrella, colaborador do livro ao lado de Gustavo Figueirôa, da SOS Pantanal. "Se criarmos empatia, podemos demonstrar que esses animais cumprem papel fundamental no equilíbrio ecológico."

Assim como grandes predadores, a sucuri-amarela ajuda a promover o controle populacional de aves, peixes, répteis menores e mamíferos pequenos e médios —sobretudo no Pantanal, onde é encontrada.

Mas se é verdade que a espécie é inofensiva aos humanos, o contrário não é verdade. Incêndios, desmatamentos, caça e tráfico põem a sua sobrevivência em risco.

"Elas sofrem com a degradação ambiental. A caça diminui não somente o número de sucuris, que são mortas pelo medo e os mitos, mas também reduz a disponibilidade de alimento para elas. Se nada mudar, esse e outros animais do Pantanal correm risco de extinção", conta Barrella.

Por falar em mitos, o filme "Anaconda" é um poço deles. O longa de 1997 apresenta outra serpente, a sucuri-verde, que chega a sete metros de comprimento. Mas tudo o que foi dito até aqui continua valendo —aqueles ataques só existem nos efeitos especiais duvidosos de Hollywood.


COMO COMPRAR

Site da coleção: https://faunabrasileira.folha.com.br/

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG, ES e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 22,90 o volume
Coleção completa: R$ 664,10
Lote avulso: R$ 132,82

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.