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Roteiristas voltam a negociar após mais de cem dias de greve em Hollywood

Categoria afirmou que não retomaria o trabalho se os estúdios não abordarem todas as propostas colocadas pelo sindicato

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São Paulo

O WGA, Sindicato de Roteiristas de Hollywood, se reuniu na sexta-feira (11) com representantes de alguns dos principais estúdios para a primeira sessão de negociação desde o mês de maio, início da greve, e recebeu um novo pacote de propostas.

Em email aos membros, o sindicato disse que responderia à AMPTP, sigla inglês para Aliança de Produtores de Cinema e Televisão, na próxima semana. "Avaliaremos a oferta deles e, após deliberação, retornaremos com a resposta do WGA", disse o comunicado.

Em greve, atores e roteiristas fazem piquete durante do lado de fora dos estúdios Sunset Bronson e escritórios da Netflix em Los Angeles, na Califórnia
Em greve, atores e roteiristas fazem piquete durante do lado de fora dos estúdios Sunset Bronson e escritórios da Netflix em Los Angeles, na Califórnia - Mario Anzuoni - 11.ago.23/Reuters

Segundo a nota algum "progresso pode ser feito nas negociações quando são conduzidas sem uma descrição ponto a ponto dos movimentos de cada lado", para depois debater publicamente o significado de cada movimentação, e esta seria a estratégia adotada pelo WGA.

O sindicato também havia procurado minimizar as expectativas gerais, dizendo que os estúdios deram todas as indicações de seguir seu "manual antissindical".

Líderes do grupo de roteiristas se reuniram na última sexta com Carol Lombardini, CEO da AMPTP, para retomar as negociações. No encontro, a dirigente afirmou que "as pessoas só querem voltar a trabalhar".

"Concordamos, com a ressalva de que as condições que tornaram o trabalho dos escritores cada vez mais insustentável devem ser abordadas primeiro", disse o sindicato em uma nota aos membros na última semana.

O sindicato enfatizou que a AMPTP se recusou a responder pelo menos cinco ou seis questões propostas pelos roteiristas, e que os estúdios devem abordar toda a agenda do sindicato antes que a greve seja resolvida.

Enquanto isso, a indústria de entretenimento audiovisual em Hollywood segue paralisada. O WGA foi o primeiro a convocar uma greve, no início de maio. Em julho, foi acompanhado pelo SAG-AFTRA (Sindicato dos Atores e Federação Americana de Artistas de Televisão), que reúne 160 mil artistas, de estrelas a figurantes.

A cidade do cinema americano não via uma greve simultânea de roteiristas e atores desde 1960.

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