Roteiristas e estúdios de Hollywood chegam a acordo que pode acabar com greve

Descrito como um documento excepcional, o contrato ainda precisa ser aprovado pelo sindicato antes de entrar em vigor

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Los Angeles | Reuters

Os roteiristas de Hollywood chegaram a um acordo trabalhista provisório com os principais estúdios neste domingo, disse o WGA, o Sindicato dos Roteiristas da América, na sigla em inglês.

É esperado que o acordo ponha fim a uma das duas greves que paralisaram a maioria das produções cinematográficas e televisivas dos Estados Unidos e custaram bilhões à economia do estado da Califórnia.

Piquete durante greve dos roteiristas em Hollywood - Reuters via BBC

O contrato de três anos deve ser aprovado pelos membros do sindicato, que representa 11,5 mil roteiristas de cinema e televisão, antes de entrar em vigor. A entidade descreve o acordo como "excepcional", com "ganhos e proteções significativos para os escritores".

"Isso foi possível graças à solidariedade duradoura dos membros do sindicado e ao apoio extraordinário de nossos irmãos sindicalizados que se juntaram a nós nos piquetes por mais de 146 dias", disse o comitê de negociação em comunicado divulgado neste domingo.

Apesar de ser um avanço importante, o acordo não põe fim à greve mesmo que seja ratificado. Isso porque a paralisação dos atores deve continuar.

O WGA foi o primeiro a convocar uma greve, no início de maio. Em julho, foi acompanhado pelo SAG-AFTRA, o Sindicato dos Atores e a Federação Americana de Artistas de Televisão, que reúne 160 mil artistas, de estrelas a figurantes. A cidade do cinema americano não via uma greve simultânea de roteiristas e atores desde 1960.

Entre as solicitações feitas pelo WGA, as principais se referem à transparência de informações com relação à audiência de filmes e séries nos serviços de streaming e ao uso de inteligência artificial na criação de roteiros para cinema e televisão

Já os atores desejam um aumento nos royalties, os chamados "residuais", pela exibição de seus filmes e séries nas plataformas de streaming, algo que já acontece em canais de TV há décadas. Os roteiristas também defendem essa demanda.

Os profissionais dizem que esses pagamentos foram drasticamente reduzidos na última década, a mesma em que a indústria dos streamings cresceu exponencialmente.

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