Jardineiro é principal suspeito de matar cineasta iraniano, afirma a Justiça

Dariush Mehrjui, representante do cinema novo no Irã, foi assassinado a facadas com a mulher em sua própria residência

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A Justiça iraniana apontou um jardineiro como o principal suspeito de assassinar o cineasta Dariush Mehrjui e sua mulher, e afirmou que a motivação do crime pode ter sido uma disputa econômica, informam agências de notícias.

O diretor iraniano Dariush Mehrjui e sua mulher, Vahida Mohammadifar, durante cerimônia em Teerã em 2015 - AFP

O diretor de 83 anos e sua mulher, Vahideh Mohammadifar, de 54 anos, foram mortos a facadas em sua casa no dia 14 de outubro. Hossein Fazeli Harikandi, chefe do poder judiciário da província onde ocorreu o crime, disse que o jardineiro já havia trabalhado na residência Mehrjui e "estava ressentido por questões financeiras".

De acordo com a Justiça, o cineasta devia ao jardineiro US$ 600, cerca de R$ 3.000.

Dariush Mehrjui é considerado o representante do cinema novo iraniano. Em 1969, dirigiu "A Vaca", um dos primeiros filmes do movimento. Em 1990, lançou "Hamoun", uma comédia sobre um intelectual angustiado com o próprio divórcio e com um Irã invadido por empresas de tecnologia.

Quatro pessoas foram acusadas pelo assassinato. Os suspeitos teriam entrado na residência e o jardineiro esfaqueou o cineasta no pescoço enquanto ele via televisão, já a mulher foi assassinada em seu quarto.

O ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, descartou qualquer "vínculo entre o assassinato de Mehrjui e os assassinatos em série" de intelectuais dissidentes cometidos há 25 anos pelo serviço secreto do governo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.