Descrição de chapéu Livros Rita Lee

Por que Rita Lee foi essencial para o rock fazer um sucesso estrondoso no Brasil

Cantora morta em abril tem sua carreira analisada em novo volume da Coleção Folha Rock Stars

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São Paulo

Os 20 volumes da Coleção Folha Rock Stars falam de gigantes da música mundial como Beatles, Rolling Stones e Elvis Presley. Mas, para o público brasileiro, talvez o nome que menos precise de apresentações seja o da cantora Rita Lee, personagem no quinto livro da coleção, que chega às bancas neste domingo (3).

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A cantora e compositora Rita Lee, que está no próximo volume da Coleção Folha Rock Stars - Folhapress

Existem duas razões claras para que Rita esteja na memória de todos. Primeiro, pela imensa popularidade que alcançou desde que surgiu no cenário artístico, ainda nos anos 1960. A cantora ultrapassou os limites do rock e se transformou na queridinha de todas as gerações, sem importar qual o gênero musical que cada um mais apreciava.

Em segundo lugar, a lembrança ainda recente da morte da cantora, em abril deste ano, depois de um diagnóstico de câncer. À época, recebeu incontáveis e justíssimos tributos e homenagens. O reconhecimento de uma contestadora incansável.

Mas o assunto da coleção é rock, e Rita se revela facilmente figura fundamental no desenvolvimento do gênero no país. A começar por surgir em cena num período atribulado, quando o rock era considerado um "vilão cultural" por nomes importantes da música e das artes brasileiras.

Aos 19 anos, em outubro de 1967, Rita subiu ao palco do Festival da Record como integrante dos Mutantes, o grupo jovem e roqueiro que acompanhou Gilberto Gil na música "Domingo no Parque".

A música se tornaria um clássico, mas os meninos foram hostilizados por parte do público, Três meses antes, Elis Regina havia liderado uma passeata contra a guitarra elétrica, "em defesa das raízes musicais brasileiras."

Rita participou de álbuns fenomenais dos Mutantes e deixou a banda em 1972, já que tinha pouco espaço para compor diante do machismo dos integrantes.

Em 1975, ao lado do grupo de apoio Tutti Frutti, ela lançou um dos álbuns mais relevantes da música nacional, "Fruto Proibido". Se o rock era desde sempre rebeldia, o hit "Ovelha Negra" era a melhor expressão desse inconformismo até então gravada no Brasil.

Em 1979, sem perder a alma roqueira, ela deu uma guinada para um pop contagiante. O disco "Rita Lee", feito sob influência do guitarrista Roberto de Carvalho, com quem acabara de casar, emplacou simplesmente quatro canções no topo das paradas: "Chega Mais", "Doce Vampiro", "Papai me Empresta o Carro" e, principalmente, "Mania de Você", exemplar de um pop romântico perfeito, um hino incontornável.

Os trabalhos seguintes só aumentaram o reinado de Rita no pop nacional, com uma fileira de hits, entre eles "Baila Comigo", "Flagra", "Ôrra Meu", "Desculpe o Auê", "On the Rocks" e "Noviças no Vício".

Com a chegada dos anos 1990, o espírito eterno de mutante levou Rita a outras expressões artísticas. Foi escrevendo que ela encontrou o fio condutor de suas atividades na fase madura.

Rita teve programa de rádio, participou na TV da arena de debates femininos "Saia Justa" e atuou em filmes, entre eles o cult "Durval Discos", que voltou agora às telas de cinema em São Paulo. Mas foi a criação de um ratinho, o Dr. Alex, personagem de alguns de seus livros infantojuvenis, que impulsionou a carreira de escritora.

Ela seguiu gravando discos, com vendagens bem mais modestas. "Reza" foi seu último álbum de inéditas, lançado em 2012, ano em que também encerrou as turnês. Em 2016, publicou "Rita Lee: Uma Autobiografia", um relato escancarado de sua vida que se tornou best-seller.

Poucas semanas depois de sua morte, aos 75 anos, saiu "Outra Autobiografia", seu livro dedicado aos meses de enfrentamento ao câncer. Até o fim, Rita foi uma ativista movida por inconformismo e rebeldia, numa trajetória na qual nunca abandonou o humor e a irreverência.

No volume da coleção, o jornalista Antônio Carlos Miguel entrelaça carreira e vida de uma Rita roqueira, feminista, ativista em prol dos animais e da liberdade de expressão, e, acima de tudo, uma artista única. O livro traz um QR Code que leva a uma playlist de 25 canções, indo do trabalho com os Mutantes até sua última música lançada, "Change", single de 2021.


COMO COMPRAR

Site da coleção: rockstars.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 cada volume

Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90

Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90

Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79

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