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Como os Beatles mudaram a música pop e a juventude em menos de uma década

Coleção Folha apresenta a banda lendária que aperfeiçoou os diversos estilos a que se dedicou

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São Paulo

O segundo volume da Coleção Folha Rock Stars chega às bancas neste domingo (12) e traz a banda que, sozinha, valeria uma série de livros. Os Beatles não fizeram pouca coisa pelo rock 'n' roll.

quatro homens jovens sentados em foto preto e branco
Da esq. para a dir., Ringo Starr, Paul McCartney, George Harrison e John Lennon em Twickenham, no Reino Unido, em agosto de 1969 - Bruce McBroom/Apple Corps Ltd/Divulgação

No início dos anos 1960, quando o gênero disparado nos Estados Unidos por Elvis Presley na década anterior dava sinais de esgotamento, eles reformataram o rock para o crescimento enorme que se daria depois. Em menos de dez anos, os Beatles mudaram a música pop e o comportamento da juventude em todo o planeta.

Em resumo, Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr abriram caminho para as bandas terem o mesmo destaque dos cantores solo, mostraram que os próprios músicos poderiam compor seu material, criaram a ideia de álbum conceitual, trouxeram o cotidiano para as letras do pop e provaram que um estúdio era muito mais do que uma sala com microfones —era um laboratório musical.

Tudo isso sem falar no estilo com cabelo comprido, liberdade das roupas, consumo de drogas, inserção da cultura oriental no Ocidente e posições políticas pacifistas. Cada pessoa deve um pouco a eles por ser como é hoje. Os Beatles não precisaram da internet para, como disse Lennon provocativamente, passarem a ser mais famosos que Jesus Cristo.

O texto do volume, escrito pelo jornalista Helton Ribeiro, trata de esmiuçar essa trajetória, da formação da banda por colegas de escola até as brigas inevitáveis que levaram à separação em 1970. A leitura vai proporcionar prazer aos fãs da banda e também a quem, sabe-se lá a razão, não conhece tanto os Beatles.

O que é preciso destacar é como, na questão musical, eles passaram por várias fases nesse curto período de atividade, e em cada uma delas conseguiram chegar à perfeição.

Em 1962, ao transformarem um pequeno porão em Liverpool, o Cavern Club, no QG de sua revolução sonora que conquistaria os Estados Unidos em apenas dois anos, os Beatles desenvolveram a perfeita canção romântica ligeira. Da velha questão do garoto que deseja a garota, eles forjaram a música chiclete, que gruda no ouvido, inclusive no Brasil, num gênero que aqui ganhou o nome de "iê iê iê".

Com o mundo a seus pés, o quarteto foi instigado a sofisticar sua música. O desafio veio, entre outras fontes, das letras politizadas de Bob Dylan, dos experimentos sonoros dos Beach Boys e das incipientes bandas psicodélicas britânicas. Saíram então os primeiros álbuns mais maduros dos Beatles, "Rubber Soul" (1965) e "Revolver" (1966).

Depois da ousada decisão de parar com os shows, eles entraram em estúdio para produzir aquilo que seria chamado de disco conceitual. "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" (1967) tinha canções pop desconstruídas e temas inusitados, como comentar notícias de jornal ou refletir sobre se tornar um sessentão.

Se este foi o grande marco revolucionário da história do rock, o grupo lapidou o trabalho com o LP duplo "The Beatles" (1968), o famoso "Álbum Branco". Numa quantidade grande de faixas, o disco conseguiu reunir o melhor da banda compondo em conjunto e também algumas canções que nitidamente eram mais "individuais", com Paul, John e George apontando seus caminhos próprios.

Depois, numa quarta fase, vieram os derradeiros trabalhos, "Abbey Road" (1969) e "Let It Be" (1970), que nitidamente exibem três grandes compositores criando suas coisas. Em alguns momentos esparsos, a química do grupo se repetia, muito graças ao boa-praça Ringo, segurando a onda nas brigas. São, enfim, discos de senhores maduros, não mais de ídolos pelos quais as garotas se descabelavam.

O volume da coleção traz um QR Code que leva a uma playlist dos Beatles que segue uma ordem cronológica em 20 canções, desde o single de estreia, "Love Me Do", de 1962. Se ouvida na sequência proposta, permite perceber com clareza essa evolução sonora do grupo.

Na verdade, qualquer seleção do que os Beatles fizeram serve de aula sobre a música pop. Até os outros gigantes do rock precisam louvar Paul, John, George e Ringo.


COMO COMPRAR

Site da coleção: rockstars.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 cada volume

Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90

Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90

Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79

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