Descrição de chapéu Obituário Ruth Westheimer (1928 - 2024)

Morre Ruth Westheimer, terapeuta sexual célebre na TV americana, aos 96

Conhecida como dra. Ruth, ela foi uma das maiores conselheiras sobre o assunto nos Estados Unidos com seus programas

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São Paulo

Ruth Westheimer, conhecida como dra. Ruth, uma das maiores conselheiras sexuais dos Estados Unidos, morreu nesta sexta-feira (12) aos 96 anos em sua casa no distrito de Manhattan, em Nova York.

Em 1980, aos 50 anos, Ruth estreou um programa na estação de rádio WYNY em Nova York. Em Sexually Speaking —ou falando sobre sexo—, ela tinha 15 minutos no ar onde respondia perguntas dos ouvintes sobre sexo e relacionamentos.

Ruth Westheimer, conhecida como Dra. Ruth, morreu aos 96 anos - JOHANNES EISELE/AFP

Além de programas de rádio, dra. Ruth teve programas de televisão, escreveu coluna para a revista Playgirl e teve até jogos de tabuleiro e de computador com o seu nome. Na época, nenhum programa lidava de forma tão direta e exclusiva sobre sexo. Ela também lançou guias sobre sexualidade que atingiam o público mais velho até os mais jovens.

Em 1985, no auge de sua carreira, participou do filme francês "Une femme ou deux" —uma mulher ou Duas—, ao lado dos atores Gérard Depardieu e Sigourney Weaver.

Ruth Westheimer nasceu Karola Ruth Siegel em Wiesenfeld, na Alemanha, filha de judeus ortodoxos. Em 1938, quando os nazistas levaram seu pai, sua mãe a vó a puseram num grupo de crianças enviadas para uma escola nas montanhas suíças. Desde então, nunca mais viu sua família.

Ela, então, se tornou uma órfã do Holocausto, refugiada e combatente na guerra pela independência de Israel até chegar aos Estados Unidos e ser a dra. Ruth.

Dra. Ruth tinha diploma da Sorbonne, um mestrado na New School for Social Research em 1959, foi diretora de projeto de uma clínica do Planned Parenthood em Harlem em 1967, e continuou os estudos noturnos até receber seu doutorado em educação pela Columbia em 1970. Tudo isso enquanto mãe solteira que cuidava dos filhos.

No ano passado, ela foi nomeada a primeira "embaixadora da solidão" honorária do estado de Nova York pela governadora Kathy Hochul.

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