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14/01/2011 - 23h27

Museu de Arte Moderna de NY decide exibir vídeo polêmico

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DA REUTERS, EM NOVA YORK

Um vídeo de arte que provocou controvérsia e foi retirado de uma exposição depois de ser alvo de queixas de um grupo católico e parlamentares republicanos agora será exibido no Museu de Arte Moderna.

Anunciando a aquisição do trabalho, o museu disse que o artista americano David Wojnarowicz, morto em 1992, foi "um dos artistas mais influentes a emergir em Nova York na década de 1980."

Um trecho do vídeo de 13 minutos de Wojnarowicz intitulado "A Fire in My Belly" (Um Fogo em meu Ventre) foi retirado de uma exposição em novembro no National Portrait Gallery, um museu do Instituto Smithsonian em Washington, depois de Bill Donohue, presidente da Liga Católica, o ter descrito como "discurso de ódio" anticristão.

Donohue disse que se sentiu ofendido por uma sequência curta do vídeo que mostra formigas andando sobre Cristo no crucifixo.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, e o deputado Eric Cantor também exortaram o Smithsonian a tirar o vídeo da exposição.

A decisão do Smithsonian provocou o repúdio de muitos membros do mundo das artes, que acusaram o instituto de sufocar a liberdade artística.

"Endossamos a posição da Associação de Diretores de Museus de Arte, segundo a qual a liberdade de expressão é essencial para a saúde e o bem-estar de nossas comunidades e nossa nação", disse o Museu de Arte Moderna em e-mail enviado à Reuters.

O museu disse que o artista criou a obra depois de descobrir que tinha HIV, dizendo que "o trabalho combina imagens com várias fontes que, frequentemente com detalhes explícitos, fazem alusão à morte, desigualdade social, fé e desejo."

"Prevemos reações de vários tipos ao trabalho, mas elas não afetarão a decisão do museu de expor o trabalho em um contexto apropriado", disse o museu.

Indagado sobre a decisão do museu, Donohue disse: "Ele (o museu) decidiu agredir as sensibilidades cristãs, exibindo o vídeo vil."

O museu disse que "A Fire in My Belly" será exibido a partir da terça-feira como parte de uma coleção de obras de arte criadas durante a crise da Aids do final dos anos 1980 e início da década de 1990.

 

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