Deficit em transações correntes para janeiro foi de US$ 4,31 bi, diz BC

Foi o menor deficit para o mês em oito anos, ajudado por forte balança comercial e investimentos

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Cédulas de dólar
Cédulas de dólar - Gabriel Cabral/Folhapress
São Paulo | Reuters

O Brasil registrou o menor deficit em transações correntes para janeiro em oito anos, ajudado pela forte balança comercial e pelo fato de o país não ter perdido recursos por meio de remessas de lucros e dividendos, ao mesmo tempo em que recebeu investimentos vindos de fora, reforçando o quadro externo positivo.

No mês passado, a conta corrente ficou negativa em US$ 4,310 bilhões, com o saldo negativo em 12 meses passando a 0,44% do PIB (Produto Interno Bruto), informou o Banco Central nesta segunda-feira (26).

Trata-se do melhor resultado para janeiro desde 2009, quando o deficit ficou em US$ 3,450 bilhões, e melhor do que a projeção de analistas consultados pela agência Reuters, de saldo negativo de US$ 4,99 bilhões no mês.

Segundo o BC, a balança comercial ficou positiva em US$ 2,398 bilhões em janeiro, praticamente igual ao resultado visto um ano antes ( US$ 2,505 bilhões), fator que tem ajudado o Brasil a continuar com setor externo mais robusto.

No mês passado, o saldo de remessas de lucros e dividendos feitos pelas multinacionais instaladas no Brasil ficou positivo em US$ 222 milhões, frente ao deficit de US$ 870 milhões de janeiro de 2017.

No período, os gastos líquidos de brasileiros com viagens ao exterior ficaram negativos em US$ 1,223 bilhão, frente a US$ 918 milhões anteriormente.

O BC informou ainda que os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 6,466 bilhões em janeiro, muito acima de expectativa de analistas de US$ 3,8 bilhões e cobrindo mais do que o suficiente o rombo da conta corrente.

Para 2018, o BC prevê deficit de US$ 18,4 bilhões, ante rombo de US$ 9,762 bilhões em 2017.

Isso porque, diante do melhor ambiente econômico, a expectativa é de que haverá aumento das importações, diminuindo o saldo positivo da balança comercial no ano, além de maior gasto dos brasileiros no exterior e maior remessa de lucro das empresas para fora.

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