Descrição de chapéu FMI

Diretora do FMI vê crescimento global de 3,9% em 2018 e 2019

Christine Lagarde afirma, porém, que países devem se preparar para mudanças

Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde
Diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde - REUTERS
Reuters

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, disse nesta terça-feira (27) que a economia global está mostrando um crescimento amplo, mas o cenário está mudando com os riscos elevados de disputas comerciais, normalização da política monetária e mudanças tecnológicas.

Lagarde, falando em uma conferência do FMI em Jacarta, em preparação para as reuniões anuais do Fundo em Bali, em outubro, disse que o FMI espera que o crescimento global atinja 3,9% em 2018 e 2019, mantendo a previsão de janeiro e ante uma alta de 3,7% em 2017.

Ela disse que os países da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) estavam se preparando para taxas de juros mais altas em economias avançadas como os Estados Unidos e a Europa, mas alertou que as autoridades precisam estar atentas quanto ao seu efeito para a estabilidade financeira e na volatilidade dos fluxos de capital.

"Sabemos que isso terá efeitos em todo o mundo... Continua incerto como esta transição afetará outros países, empresas, empregos, receitas", disse Lagarde.

Os países da Asean precisam adotar novos modelos de crescimento que colocam maior ênfase na demanda doméstica, comércio regional e diversificação econômica e se preparar para mudanças tecnológicas, como o aumento da automação fabril, inteligência artificial, biotecnologia, novas tecnologias financeiras e criptomoedas.

Embora essas mudanças possam eliminar alguns empregos, é importante que os países promovam esforços para educar os trabalhadores para melhor prepará-los para aproveitar as novas tecnologias.

"Muitos empregos serão afetados de uma forma ou de outra. Alguns deles desaparecerão, mas muitos mais serão afetados por causa da automação. Portanto, precisamos pensar sobre o futuro do trabalho", disse Lagarde, acrescentando que não há uma abordagem única, e que muitos países vão forjar seu próprio caminho.

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