Por telefone, Theresa May diz a Trump ter 'profunda preocupação' com tarifas

Sobretaxas para aço e alumínio também geram críticas de correligionário de Trump

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A primeira-ministra britânica, Theresa May - Jonathan Brady / AFP
Londres e Cidade do México | Reuters

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter "profunda preocupação" com o anúncio das tarifas dos EUA sobre a importação de alumínio e aço, divulgou o gabinete de May neste domingo (4), após um telefonema entre os dois líderes.

"A primeira-ministra levantou a nossa profunda preocupação com o anúncio do presidente sobre as tarifas de aço e alumínio, observando que uma ação multilateral era a única maneira de resolver o problema do excesso de capacidade global", disse uma porta-voz do gabinete.

Na quinta-feira (28),  Trump disse que os Estados Unidos aplicariam uma taxa de 25% sobre o aço importado e de 10% sobre o alumínio para proteger os produtores nacionais, provocando uma tempestade de críticas dos parceiros comerciais e impactando os mercados de ações.

As críticas chegam, inclusive, do principal parlamentar republicano que supervisiona a política comercial dos Estados Unidos.  Kevin Brady, presidente do comitê da Câmara dos Deputados responsável por tributação (“Ways and Means”), disse neste domingo que todo aço e alumínio negociados de forma justa devem ser isentos das tarifas propostas por Trump, especialmente os provenientes dos parceiros do Nafta, Canadá e México.

Brady fez suas observações pouco depois que o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, dizer que não podia descartar a possibilidade de não existirem isenções.

O México e o Canadá ameaçaram uma retaliação se Trump prosseguir com a imposição das tarifas sobre os metais.

Questionado se os dois aliados do Nafta deveriam ser isentos, Brady disse a jornalistas: "Sim, e indo mais longe, excluindo todo o aço e o alumínio negociados de forma justa, não apenas desses dois países".

As tarifas, que Trump diz serem necessárias para proteger as indústrias domésticas contra a concorrência desleal da China e de outras nações, provocaram receios de uma guerra comercial mais ampla. O chefe de comércio da União Europeia alertou na sexta-feira sobre possíveis retaliações. Em resposta, Trump ameaçou taxar importação de automóveis da Europa.

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