A Uber Technologies vai vender suas operações no Sudeste Asiático para a rival regional Grab, informou a empresa na noite deste domingo (25). A decisão representa novo recuo da empresa americana na Ásia e busca encerrar um atrito com o concorrente de Cingapura.

A operação marca a primeira grande consolidação do setor no sudeste da Ásia, região que abriga 620 milhões de pessoas. O negócio também deverá colocar pressão sobre rivais como a Go-Jek, da Indonésia e apoiada por Google e pela chinesa Tencent Holdings.

Como parte do negócio, a Uber vai ficar com participação de 27,5% na companhia criada e o presidente da Uber, Dara Khosrowshahi, participará do conselho da Grab, de Cingapura.

Pelos termos do acordo, o Grab vai adquirir todas as operações da Uber na região, o que inclui o serviço de entrega de comida UberEats. 

O acordo é uma vitória para a Grab e para o Softbank, maior acionista nas duas empresas e que busca reduzir a competição no serviço de transporte urbano no Sudeste Asiático que tem um potencial para alcançar US$ 20,1 bilhões até 2025. 

Para a Uber, a decisão de deixar as operações no Sudeste Asiático reduz as perdas que a companhia antes da planejada oferta inicial de ações, em 2019.

O acordo da Grab com a Uber é similar ao fechado pela companhia americana com a chinesa Didi Chuxing na China em 2016, quando vendeu sua operação no país em troca de uma participação na empresa combinada.

Sob os termos do acordo, o Didi comprou as operações do Uber na China e os investidores do Uber China receberam uma participação acionária de 20% no Didi.