Com dificuldade de abastecer sua frota, cerca de 30% dos ônibus que circulam no estado do Rio estão parados nas garagens nesta quinta-feira (24), em razão da greve de caminhoneiros. A informação é da Fetranspor, a federação de empresas de ônibus do Rio.
Desde segunda passada que os caminhões tanque que abastecem as garagens das empresas que operam no estado interromperam o serviço.
Dos cerca de 23 mil ônibus no estado, oito mil estariam parados. Donos de empresa estariam operando sob plano de contingência. Ônibus estão sendo abastecidos em postos de gasolina convencionais, numa prática incomum, já que o abastecimento é feito diretamente nas garagens.
As empresas fazem, desde segunda, a gestão de seus estoques de combustíveis. Segundo a Fetranspor, algumas empresas estão retirando combustível de ônibus que estavam parados por manutenção para colocar combustível nos com condição de rodar.
Na capital fluminense, segundo a Rio Ônibus, sindicato das empresas que atuam no município, 40% da frota está está parada.
Em razão disso, cariocas e fluminenses tiveram dificuldade para chegar no trabalho pela manhã. O metrô e os trens urbanos tiveram aumento da demanda nesta manhã.
DESABASTECIMENTO
O estoque de combustível dos postos da capital do Rio deve acabar ainda nesta quinta-feira (24), segundo estimativa do Sindicomb, o sindicato de postos de gasolina da capital fluminense.
Segunda-feira (21) foi a última reposição dos estoques. Devido à greve de caminhoneiros, os postos estão há três dias sem receber novos produtos. A única exceção é o GNV (Gás Natural Veicular), muito utilizado nos táxis, que chega aos postos por meio de tubulações subterrâneas.
Grande filas já estão se formando nos postos que ainda têm algum combustível para vender. Há filas, por exemplo, em postos na Tijuca, zona norte, e na Lagoa, zona sul.
Segundo o Sindicomb, a maior parte dos 850 postos da capital já relatam que não têm qualquer combustível para vender. O sindicato não tem uma estimativa concreta, mas afirma que até amanhã não restará gasolina nas bombas para a população.
O sindicato pede à população que quem não tiver urgência em utilizar o carro, que o deixe na garagem para evitar consumo de combustível. Eles pedem também para que seja evitado que se abasteça sem necessidade nos postos da capital.
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