Descrição de chapéu petrobras

Área mais cara de leilão do pré-sal tem ágio de 240,35%

Consórcio formado por Perdigão, Statoil e Exxon arrematou Uirapuru

Imagens de funcionários na plataforma da Petrobras em Macaé (RJ) - Dirceu Neto/Folhapress
 
Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

A área de Uirapuru, a mais cara da quarta rodada de licitações do pré-sal, foi arrematada com ágio de 240,35% por consórcio formado por Perdigão, Statoil e Exxon. As empresas pagarão R$ 2,65 bilhões para explorar as reservas.

A Petrobras liderava outro grupo que perdeu a disputa, com Total e BP, mas exerceu o direito de preferência e passará a integrar o consórcio vendedor com uma fatia de 30%.

Nos leilões do pré-sal, o bônus de assinatura é fixo. O consórcio vencedor é aquele que se compromete a entregar o maior volume de petróleo ao governo, depois de descontados os custos de produção, conceito conhecido como óleo-lucro.

Na disputa por Uirapuru, o óleo lucro mínimo era de 22,18%. O consórcio vencedor ofereceu 75,49% e o grupo liderado pela Petrobras, 72,05%. Outros dois consórcios disputaram a área, um formado pelas chinesas CNODC e CNOOC e outro por QPI, Chevron e Shell.

Foi a primeira vez que a Petrobras teve que exercer o direito de preferência, instrumento criado em 2017 pelo governo Temer. Após as ofertas, a estatal teve 30 minutos para tomar a decisão, em reunião que teve a participação do presidente da empresa, Ivan Monteiro, e da diretora de exploração e produção, Solange Guedes.

Na segunda área licitada, Dois Irmãos, apenas um consórcio fez proposta, oferencendo o valor mínimo de óleo para a União: 16,43%. O grupo, formado por Petrobras, Statoil e BP, pagará R$ 400 milhões de bônus de assinatura.

O leilão oferecerá um total de quatro áreas. Se todas forem vendidas, a arrecadação chegará a R$ 3,2 bilhões.

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