Afetado pela paralisação, superávit comercial brasileiro é de US$ 6 bi em maio

Exportações somaram US$ 19,241 bi, enquanto as importações totalizaram US$ 13,26 bi

AFP e Reuters

O Brasil registrou um superávit comercial de US$ 5,981 bilhões em maio – um saldo positivo 21,9% menor que no mesmo período de 2017 –, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços publicados nesta sexta-feira (1).

A greve dos caminhoneiros gerou uma redução nas atividades nas últimas .  As exportações de maio somaram US$ 19,241 bilhões (1,9% a mais que no mesmo mês do ano passado, pela média diária), enquanto as importações totalizaram US$ 13,26 bilhões (+14,5%).

Entre janeiro e maio, o saldo comercial favorável soma US$ 26,155 bilhões, 9,9% menor que o do mesmo período de 2017.

Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de saldo positivo em US$ 7,5 bilhões.

Segundo o diretor de estatísticas e apoio às exportações da Secex, Herlon Brandão, houve queda de 36% nas exportações nas últimas duas semanas de maio (período de paralisação). Enquanto nas importações o impacto foi uma redução de 26%.

 Para Brandão, as duas semanas de paralisação dos caminhoneiros não afetarão o saldo comercial esperado para o ano.

 

Para 2018, o Ministério já havia previsto que a aceleração da atividade iria elevar as importações e reduzir o superávit da balança comercial brasileira ao patamar de US$ 50 bilhões, ante 67 bilhões de dólares de 2017.

DESTAQUES

Em maio, as importações foram puxadas pela venda de bens de capital, com alta de 29,4% sobre o mesmo mês do ano passado.

Também subiram as importações de combustíveis e lubrificantes (+23,4 por cento), bens intermediários (+11,6 por cento) e bens de consumo (+10,8 por cento).

Ainda na esteira da retomada econômica, os principais bens de capital importados que ampliaram sua entrada foram máquinas/aparelhos mecânicos, aviões e centros de usinagem.

Já nas exportações, cresceram os produtos básicos (+18,4%), enquanto caíram as vendas de manufaturados (-17,3%) e semimanufaturados (-9,5%).

Herlon Brandão também destacou que os embarques de soja e celulose tiveram números recordes até agora em 2018. Para a soja, foram embarcadas 12 milhões de toneladas em maio, fazendo com que fosse o recorde histórico para o mês.

A celulose tem recorde de exportação no acumulado do ano, quando já foram embarcadas 6,5 milhões de toneladas. Também é recorde em valor, somando US$ 3,5 bilhões até maio.

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