Reajuste médio no preço do diesel será de 13%, diz Petrobras

Aumento foi autorizado pela ANP para refletir alta do dólar e das cotações internacionais

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Rio de Janeiro

A Petrobras informou nesta sexta (31) que o reajuste médio no preço do diesel será de 13%. O aumento foi autorizado na quinta (30), pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para refletir a alta do dólar e das cotações internacionais.

Após o reajuste, o preço médio de venda do combustível pelas refinarias da estatal será de R$ 2,2964 por litro, apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, ainda no início da paralisação dos caminhoneiros.

O novo valor terá validade de 30 dias, segundo as regras do programa de subvenção criado pelo governo para por fim à paralisação. Desde o início de junho, o preço do diesel estava congelado pelo programa.

Funcionário de posto de combustível na Avenida Embaixador Macedo Soares, em São Paulo
Funcionário de posto de combustível na Avenida Embaixador Macedo Soares, em São Paulo - Apu Gomes/Folhapress

A média anunciada pela Petrobras considera os volumes de venda nas diferentes regiões do país, já que desde o início do programa de subvenção, o preço do diesel é tabelado por região.

E trata apenas do preço de venda pelas refinarias, que equivale a 55% do preço final do combustível, que inclui ainda impostos e margens de lucro.

De acordo com a ANP, a maior alta ocorrerá na região Centro-Oeste, que passa a ter preço diferente do Sudeste: R$ 2,4094 por litro, aumento de 14,4%. A menor, no sudeste, de 10,5%, para 2,3277 por litro.

No Nordeste, o aumento será de 12,5%, para R$ 2,2592; no Sul, de 13,1%, para R$ 2,3143; e no Norte, de 13,2%, para R$ 2,2281. "Os novos valores refletem os aumentos dos preços internacionais do diesel e do câmbio no último mês", disse a ANP, em nota divulgada na quinta.

Além do repasse da alta do dólar, o novo valor considera ressarcimento às empresas pelo período em que o desconto não foi suficiente para cobrir a diferença entre o preço tabelado pelo governo e as cotações internacionais.

Desde o dia 23, o desconto vinha sendo insuficiente –na quinta, a diferença superou R$ 0,50 por litro.

Nesta sexta, com a adoção dos novos preços, volta a R$ 0.30 por litro.

A fórmula atual foi apresentada esta semana, após alterações a partir de sugestões do mercado - a Petrobras chegou a dizer que a proposta anterior poderia levar ao desabastecimento por inviabilizar importações.

O programa de subvenção dura até o fim do ano ou o esgotamento dos R$ 9,5 bilhões separados pelo governo para bancar o subsídio. A cada 30 dias, o preço de venda pelas refinarias e importadores será revisto.

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