Romero Jucá reassume posto no Senado para conduzir projeto de cessão onerosa

Senador se afastou antes das eleições, quando aparecia em terceiro nas pesquisas

Daniel Carvalho
Brasília

Depois de três meses afastado do posto, o senador Romero Jucá (MDB-RR) reassume nesta quarta-feira (28) a liderança do governo Michel Temer no Senado.

Jucá, que havia deixado o cargo de líder em 27 de agosto, quando aparecia em terceiro nas pesquisas de intenção de voto, não conseguiu se reeleger. Desde o afastamento de Jucá, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), ocupava a liderança.

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Romero Jucá - Pedro Ladeira/Folhapress

Nesta terça (27), Bezerra Coelho apresentou requerimento para se ausentar do país no período de 6 a 20 dezembro, o que foi aprovado por seus pares.

A missão de Jucá ao reassumir a liderança do governo é conduzir a base aliada na votação da medida provisória que o Palácio do Planalto deve enviar ao Senado para garantir a estados e municípios a destinação de 20% do bônus de assinatura dos contratos da cessão onerosa.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), negocia com o as equipes econômicas do governo de Michel Temer e do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), desde a semana passada, um acordo para beneficiar estados e municípios com recursos de leilão ou de exploração de petróleo.

Assim que chegar uma sinalização positiva do Planalto, Eunício deve colocar em votação a proposta de cessão onerosa que veio da Câmara e está pronta para apreciação. Com isso, os senadores retirariam todas as emendas que apresentaram para modificar o texto que, sem alterações, poderia seguir para a sanção de Temer.

Segundo líderes que participaram de reunião com Eunício, o presidente da Casa tem 15 dias para mandar para o Executivo o texto aprovado. Neste prazo, aguardaria a proposta do governo para a partilha.

Além disso, Temer quer que Jucá conduza as votações do Orçamento de 2019 e da lei geral das telecomunicações, projetos considerados importantes para o atual governo e um aceno à gestão Bolsonaro.

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