Contas públicas têm déficit de R$ 16,2 bilhões em novembro

Resultado foi o terceiro pior para o mês da série histórica iniciada em 1997

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Brasília

As contas públicas registraram em novembro déficit primário de R$ 16,2 bilhões, o que representa o terceiro pior resultado para o mês da série histórica iniciada em 1997. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional.

O número abrange os resultados das contas de Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central.

No mesmo mês do ano passado, o saldo foi positivo em R$ 1,3 bilhão. Na série histórica, os únicos meses de novembro com um rombo maior foram os de 2015 (R$ 21,3 bilhões) e 2016 (R$ 38,5 bilhões).

Cédulas de 100 reais, 50 reais e 20 reais
No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o resultado fiscal está negativo em R$ 88,5 bilhões - Di Fraga / A7 Press

O resultado do mês passado foi puxado pelos números da Previdência Social, que registrou déficit de R$ 18 bilhões. Banco Central e Tesouro contribuíram com um saldo positivo de R$ 1,8 bilhão.

“É latente a necessidade de implementação de reformas fiscais estruturais para viabilizar a retomada de superávits primários. A principal reforma estrutural é a da Previdência”, afirmou o Tesouro.

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o resultado fiscal está negativo em R$ 88,5 bilhões, o que deixa uma larga margem para o cumprimento da meta fiscal deste ano.

A meta definida pelo governo para 2018 autoriza que as contas fechem o ano com um rombo de R$ 159 bilhões.

De acordo com o secretário-adjunto do Tesouro, Otávio Ladeira, o resultado de 2018 deve ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões melhor do que a meta estabelecida.

Levando em conta essa estimativa, o saldo dezembro, a ser divulgado em janeiro, teria que ser negativo entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões. Ladeira afirmou que ainda não pode prever esse dado.

“Tem um conjunto de variáveis que não temos percepção ao certo de como vão se comportar”, disse.

Entre os fatores de difícil previsão, segundo ele, está o chamado “empoçamento”, quando ministérios não conseguem gastar recursos que já estão liberados. Até novembro, esse saldo travado no orçamento somou R$ 12,2 bilhões.

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