Carlos Zarlenga, atual presidente da GM Mercosul, que agrega Brasil e Argentina, vai assumir a liderança da GM América do Sul, passando a ser responsável também por Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
O anúncio foi feito pela General Motors nesta quinta-feira (28). Zarlenga assume o posto em 1º de abril.
Ele continuará se reportando a Barry Engle, atual vice-presidente executivo e presidente da GMI (General Motors International), que será responsável pela nova região GM Americas, congregando todas as operações da América do Norte, Central e do Sul.
Ernesto Ortiz, presidente da GM South America West (Chile, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Uruguai), continua a exercer o cargo e passa a se reportar para Zarlenga.
No comunicado da GM, Engle elogia o que chamou de trajetória de sucesso de Zarlenga à frente da GM no Brasil e na Argentina. Zarlenga foi responsável pela unificação das operações dos dois países em 2017.
"Sua experiência, conhecimento técnico e capacidade de liderar o time em momentos cruciais da história recente da empresa na região o credenciam como o executivo certo para assumir esta importante responsabilidade, no momento em que a nossa empresa continua simplificando sua estrutura, buscando eficiências e reorganizando o modelo de negócio”, disse Engle na nota.
Recentemente, Zarlenga colocou a GM em uma saia justa no Brasil ao soltar um memorando para funcionários dizendo que a montadora passava por um momento crítico no país, o que levantou receios de que a GM poderia sair do Brasil.
O tom sombrio foi um choque para alguns dos funcionários no Brasil, onde a GM é líder de vendas, à frente de Volkswagen e Fiat Chrysler. Em 2018, a montadora foi responsável por 389,5 mil de um total de 2,6 milhões de carros vendidos pela indústria automotiva.
A estratégia deu certo, e a GM sentou na mesa de negociação com sindicatos de metalúrgicos e o governo do estado de São Paulo para barganhar ajustes e benefícios.
No início de fevereiro, os trabalhadores da unidade de São José dos Campos (97 km de SP), uma das unidades na mira da GM, aceitaram ficar sem reajuste salarial em 2019. Essa foi uma das condições impostas pela montadora para manter os investimentos na produção do Brasil.
Já o governo de São Paulo sinalizou que estuda socorrer a GM com antecipação de créditos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens de Serviços) sobre os quais a empresa tem direito.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.