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Entenda o que são e como investir em fundos imobiliários

Investimento na Bolsa se valoriza acima do valor do patrimônio dos fundos

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São Paulo

Investimento do momento nas recomendações das corretoras, fundos imobiliários são aplicações de risco e sofrem com oscilações do mercado de forma semelhante a das ações. 

São recomendados por planejadores financeiros para diversificação de investimentos em um período de juros baixos e ajudam a compor a renda do poupador, já que pagam mensalmente o aluguel.

O que são fundos imobiliários?
São fundos montados para investimentos exclusivamente no setor. O investimento pode ser feito em bens já existentes, em construção ou em dívidas emitidas para financiamento de imóveis (como LCIs e CRIs, por exemplo). 

Devo investir em fundos imobiliários?
A vantagem é que a maioria dos fundos gera renda mensal, o aluguel, que é isento de Imposto de Renda

Mas eles são um investimento de risco, recomendado para investidores tolerantes a oscilações de mercado. Considerando as avaliações de risco tradicionais, são compatíveis com aqueles que têm perfil moderado a arrojado. E ainda assim, devem responder por, no máximo, 10% do portfólio de um investidor.

Investimento na Bolsa se valoriza acima do valor do patrimônio dos fundos - Marcus Leoni - 5.jan.2015/Folhapress

Não é igual investir em um imóvel?
Não. Fundos imobiliários são tradicionalmente negociados em Bolsa. Isso significa que o valor aplicado oscila diariamente e está sujeito a mudanças bruscas no mercado financeiro. Se ele quiser resgatar o dinheiro de emergência, poderá perder parte do valor aplicado

 

Então por que corretoras dizem que é melhor que comprar um apartamento para alugar?
Existe uma lista de argumentos para a venda desses fundos. Um deles é que o valor baixo de investimento, a partir de R$ 100. Mesmo arriscado, também é mais fácil de vender uma cota de fundo do que um apartamento inteiro, que costuma levar meses de negociação.

Quando o investidor compra um imóvel, ele também é responsável por manutenção e pode ter prejuízo caso não consiga alugá-lo.

O que é o aluguel do fundo imobiliário?
É o pagamento mensal de dividendos dos fundos imobiliários, isento de Imposto de Renda.

E quais são os tipos de fundos imobiliários? 
A Anbima (entidade do mercado de capitais) divide os fundos em cinco tipos, conforme a aplicação do dinheiro. O mais comum no país são os fundos de renda, mas existem os que aplicam na construção para locação ou venda, em títulos de dívida ou são híbridos.

Em quais imóveis o gestor vai investir?
Essa é uma decisão do gestor do fundo, que informa aos investidores quais são os ativos investidos. No mercado brasileiro, o mais comum são fundos que investem em salas comerciais, shoppings, galpões de centros de distribuição logística. As dificuldades de tirar um morador de um imóvel residencial limitam os fundos que apliquem em apartamentos.

Em quantos imóveis devo investir por fundo?  
Também depende do gestor e isso também fica claro no prospecto informativo. Especialistas recomendam que investidores evitem fundos que aplicam o dinheiro em um único imóvel. Se ele ficar vago, deixará de gerar receita e tende a se desvalorizar na Bolsa.

 

Como faço para investir em um fundo imobiliário? 
O sistema é o mesmo dos investimentos em ações. É preciso ter conta em corretora e comprar uma cota do fundo na Bolsa.

Também é possível participar de ofertas públicas, como se fosse a abertura de capital (IPO) de uma companhia na Bolsa. É o momento em que o gestor levanta recursos para estruturar o fundo e começar a investir

Quanto custa investir em um fundo imobiliário?
Os principais custos são a taxa de administração, que remunera o gestor do fundo, e as taxas de corretagem e da Bolsa. Algumas corretoras zeraram parte desses custos para fomentar o mercado e atrair novos investidores.

São muitos fundos. Como faço para escolher um?
É preciso avaliar o patrimônio do fundo, ou seja, os imóveis que ele comprou ou pretende construir. Se for um fundo que investe em dívida, é possível pesquisar o risco de calote do emissor.
Depois, o investidor deve avaliar o gestor. 

​Por fim, avaliar se a rentabilidade do aluguel está adequada ao mercado. A tendência é de que maiores rentabilidades ofereçam também maiores riscos ao investidor.

Também é possível se guiar por relatórios de corretoras como ponto de partida, mas as carteiras semanais recomendadas, com trocas de fundos, não fazem sentido para um pequeno investidor, que deve morar longo prazo.

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