O Banco Central da Argentina anunciou que, a partir desta segunda-feira (28), os argentinos só poderão comprar U$S 200 (R$ 802,54) por mês.
A medida foi divulgada pela instituição financeira depois de uma reunião emergencial realizada após o resultado do pleito presidencial no país, que elegeu, neste domingo (27), o peronista Alberto Fernández.
A medida do Banco Central visa controlar o valor da moeda americana, que na sexta-feira (25) fechou o dia cotada em 65 pesos.
"Diante do grau de incerteza atual, a diretoria do banco central decidiu tomar neste domingo uma série de medidas que buscam preservar as reservas do banco central", disse a autoridade monetária em comunicado.
O BC da Argentina perdeu cerca de US$ 22 bilhões de suas reservas para defender o peso desde as primárias de 11 de agosto, disse o presidente do banco central argentino, Guido Sandleris.
"Sei que essa medida, embora temporária, é muito rigorosa e afeta muitas pessoas. Seu objetivo é preservar reservas durante esse período de transição, até que o novo governo defina suas políticas econômicas e a incerteza se dissipe", disse Sandleris.
Fernández foi eleito em meio a uma grave crise econômica que afeta a população e atingiu em cheio o atual líder do país, Mauricio Macri.
Com 96,22% das urnas apuradas por meio do sistema rápido de contagem, o opositor havia conquistado 48,03% dos votos contra 40,44% de Macri.
Em discurso conciliador, Macri reconheceu a derrota nas eleições e prometeu fazer uma transição organizada para o governo do próximo presidente.
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