Em crise, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes informou aos seus 185 funcionários que não recebiam seus salários nesta sexta-feira (4), como estava programado.
O pagamento de salários dos funcionários do sindicato —que é filado à Força Sindical— acontece nos dias 5 de cada mês. E, pela convenção coletiva da categoria, é liberado às sextas-feiras quando a data coincide com o fim de semana.
Na manhã desta sexta, porém, o sindicato enviou a seus diretores a informação de que o salário não seria depositado em suas contas.
A entidade tem 60 diretores, cujos salários são de R$ 12 mil brutos. A folha de pagamentos do sindicato consome cerca de R$ 150 mil mensais.
Os sindicalistas não foram informados sobre a nova data de pagamento. Essa é a segunda vez, em três meses, que o sindicato atrasa o pagamento de seus funcionários.
Procurados, o presidente do sindicato, Miguel Torres, e a tesoureira a entidade, Elza Pereira, ainda não se manifestaram.
Como a Folha antecipou, com uma dívida que beira os R$ 20 milhões, o sindicato está vendendo sua sede, no bairro da Liberdade, por R$ 140 milhões.
Em reunião nesta segunda, a diretoria do sindicato foi informada que toda a receita obtida como fruto da negociação coletiva foi consumida até setembro. O custo de manutenção do sindicato é de R$ 3,5 milhões mensais.
Além da sede, o sindicato vai vender sua sub-sede em Mogi das Cruzes, um clube de campo, uma colônia de férias e outros imóveis.
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