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Aéreas regionais suspendem operações para 28 destinos por coronavírus

MAP paralisa atividades e deixa de operar seus 18 destinos; Voepass reduz outros 10

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Ribeirão Preto

As companhias aéreas Voepass e MAP anunciaram nesta quarta-feira (18) a suspensão temporária das operações para 28 destinos no país, em virtude da pandemia do novo coronavírus. A redução fez a MAP paralisar suas atividades.

Entre as rotas canceladas estão as operadas para os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro).

A Voepass —novo nome da Passaredo— deixou de operar, além do Santos Dumont, outros nove destinos: Araçatuba (SP), Dourados (MS), Marília (SP), Palmas (TO), Teixeira de Freitas (BA), Foz do Iguaçu (PR), Campos dos Goytacazes (RJ), Três Lagoas (MS) e Campo Grande (MS).

Já a MAP, que é controlada pela Voepass, cancelou todas as suas operações regulares, incluindo o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Com a suspensão total de suas atividades de voos comerciais, a aérea só manteve em funcionamento um contrato de fretamento operado na região Norte do país.

Eram 18 os destinos em operação: Ponta Grossa (PR), São Paulo, Ribeirão Preto, Bauru, Uberaba (MG), Belém, Altamira (PA), Santarém (PA), Itaituba (PA), Manaus, Eirunepé (AM), Parintins (AM), São Gabriel da Cachoeira (AM), Coari (AM), Carauari (AM), Lábrea (AM), Tefé (AM) e Macaé (RJ).

Segundo as aéreas, a pandemia do coronavírus provocou “queda acentuada na demanda pelo transporte aéreo, redução na venda de passagens e crescentes pedidos de cancelamento e no-show dos passageiros nos aeroportos”.

A suspensão é válida, inicialmente, até o próximo domingo (22), mas uma nova reavaliação será feita pelas duas empresas na sexta-feira (20). “A empresa estima que dentro dos próximos meses poderá ter um cenário de retorno das atividades regulares da companhia”, diz trecho de comunicado da Voepass.

A Voepass, baseada em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) manteve operações em 22 destinos, entre eles Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro (Galeão) e São Paulo (Congonhas).
As empresas informaram que estão negociando com sindicatos de que forma reduzirão o quadro de empregados com o objetivo de evitar demissões.

Funcionários que possam atuar em home office adotaram a modalidade de trabalho a partir desta quarta-feira. “As atividades da empresa serão mantidas em seu mínimo durante o período de suspensão das operações.”

Passageiros com voos cancelados terão regras tarifárias flexibilizadas, podendo remarcar para qualquer data futura ou postergando o crédito para outras viagens. Segundo a aérea, todos serão contatados pela empresa.

Crise no setor

O anúncio das duas aéreas regionais se soma aos já feitos pelas maiores empresas do país, Gol, Latam e Azul.

Devido à baixa demanda causada pelo impacto do coronavírus na economia, desde a última segunda-feira (16) medidas têm sido anunciadas pelo setor.

A Gol, por exemplo, decidiu cortar sua capacidade total de voos entre 60% e 70% até meados de junho e vai cancelar a partir de 23 de março todas as suas operações internacionais até o fim de junho, incluindo destinos de América do Sul, Estados Unidos e México.

Na Azul, foram reduzidas, por exemplo, a frequência de voos internacionais para a Flórida e Porto. Já na Latam, os voos serão cortados entre 1º de abril e 30 de maio, concentrados em voos entre América do Sul e EUA ou Europa.

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