Colômbia vira oficialmente o 37º membro da OCDE

País é o terceiro país latino-americano a aderir à instituição, depois de México e Chile

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Paris | AFP

A Colômbia se tornou oficialmente o 37º país membro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), anunciou a instituição em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (29).

"A adesão da Colômbia reafirma nosso compromisso de unir os países que se esforçam para alcançar os mais elevados parâmetros nas políticas públicas mundiais para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida de seus cidadãos. Por sua história recente, a Colômbia pode estar orgulhosa do que é realmente uma conquista excepcional", afirmou o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría.

A Colômbia é o terceiro país latino-americano a aderir à instituição, depois de México e Chile.

Um homem pendura uma bandeira colombiana no bairro Comuna 13 em Medellin, Colômbia - Joaquim Sarmiento - 16.abr.2020/AFP

E o Brasil?

Em um gesto ao governo Jair Bolsonaro, os Estados Unidos formalizou o que consideram uma prioridade o ingresso do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no início de janeiro.

Segundo disseram interlocutores à Folha, os americanos entregaram uma carta à organização oficializando que querem que o Brasil seja o próximo país a iniciar o processo de adesão à entidade.

Na prática, a ação americana significa que Washington defende que o Brasil ocupe a vaga que era da Argentina na fila de postulantes a um lugar no chamado clube dos países ricos.

Em outubro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, enviou um documento ao secretário-geral da entidade, Angel Gurria, em que dizia que Washington defendia as candidaturas imediatas apenas de Argentina e Romênia.

A ausência do Brasil naquele documento gerou queixas de que o alinhamento de Bolsonaro com o presidente Donald Trump não estaria trazendo os resultados esperados. Embora a reação negativa no Brasil tenha levado Pompeo a dizer que a carta não representava “com precisão” a opinião americana, a falta de um endosso mais explícito acentuou as críticas em Brasília contra o alinhamento com os EUA.

Em janeiro, a formalização do apoio foi costurada em Washington justamente para rebater os argumentos de que o Brasil não estaria recebendo nada em troca das concessões feitas aos americanos.

“A nossa decisão de priorizar a candidatura do Brasil como o próximo país a iniciar o processo é uma evolução natural do compromisso reafirmado pelo secretário de Estado e pelo presidente Trump em outubro de 2019”, acrescentou a missão diplomática.

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