Jeff Bezos, 57, fundador da Amazon, deixará neste ano o cargo de presidente-executivo do gigante mundial do comércio eletrônico.
Ele se manterá na empresa como presidente do conselho. Andy Jassy, atual chefe da AWS, divisão de computação em nuvem, deverá substituí-lo na função. Bezos disse nesta terça (2) que o momento é o ideal para a mudança, que deve se efetivar no terceiro trimestre.
Em carta à equipe, Bezos disse que permanecerá “envolvido em iniciativas importantes da Amazon”, mas que voltará grande parte das atenções para suas iniciativas pessoais de mudança climática, a empresa de exploração espacial Blue Origin e o jornal The Washington Post, de sua propriedade.
Bezos é presidente-executivo da Amazon desde sua fundação, em 1994. Desde então, tornou-se uma das pessoas mais ricas do mundo, com um patrimônio atual de quase US$ 200 bilhões, de acordo com a Forbes.
“Nunca tive tanta energia como hoje, e não se trata de me aposentar”, escreveu aos funcionários. A Amazon não deu mais detalhe sobre a sucessão de Bezos.
Jassy, 53, está na Amazon desde 1997 e comanda a unidade de computação em nuvem desde a sua fundação, em 2003.
O anúncio da saída de Bezos como presidente-executivo foi feito no mesmo dia em que a Amazon divulgou que faturou US$ 125,6 bilhões no trimestre passado, recorde histórico e aumento de mais de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os dados superaram as expectativas de Wall Street. Também foi a primeira vez que a receita da empresa superou os US$ 100 bilhões.
“Quando você olha para os nossos resultados financeiros, o que você realmente vê são os resultados de invenções de longo prazo”, disse Bezos. “Neste momento, vejo a Amazon no seu estado mais criativo, um momento ideal para essa transição.
”A AWS faturou US$ 12,67 bilhões e teve receita operacional de US$ 3,6 bilhões —a parte mais lucrativa dos negócios da Amazon. Wall Street esperava uma receita trimestral de US$ 119,7 bilhões, de acordo com a FactSet.
O lucro foi de US$ 7,2 bilhões. Ajudou a turbinar o resultado da Amazon o evento de vendas “Prime Day”, que no ano passado aconteceu no período de festas —normalmente ocorre no verão do hemisfério Norte.
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