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Bolsa sobe com vendas de Natal nos EUA e estudo otimista sobre a ômicron

Ações do varejo puxaram altas nos mercados do Brasil e Estados Unidos

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São Paulo

O crescimento das vendas do varejo com as compras de Natal deu uma injeção de ânimo nos mercados de ações nos Estados Unidos, reduzindo o peso dos cancelamentos de voos provocados pelo rápido avanço da variante ômicron no país.

O Ibovespa, referência da Bolsa de Valores Brasileira, foi influenciado pelo desempenho positivo do mercado americano e fechou em alta de 0,63%, a 105.554 pontos, interrompendo uma sequência de duas quedas consecutivas. O dólar recuou 0,40%, a R$ 5,6330, após ter superado os R$ 5,70 na abertura do pregão.

Ações do setor varejista lideraram o pregão desta segunda na Bolsa. Diferente do ocorrido nos Estados Unidos, porém, o crescimento dos papéis de empresas ligadas ao comércio no Brasil não é resultado exclusivo da alta nas vendas domésticas de Natal.

Consumidora escolhe produtos para decoração de Natal na rua 25 de março, em São Paulo
Consumidora escolhe produtos para decoração de Natal na rua 25 de março, em São Paulo - Rubens Cavallari - 23.nov.2021/Folhapress


"As ações de varejistas sobem, mas ainda parece ser um movimento técnico de correção e desmonte de posições vendidas frente as quedas agudas no mês", diz João Beck, economista e sócio da BRA. ​

As vendas do varejo no Natal cresceram 11,1% em relação a igual período do ano passado, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado, informou a empresa de meios de pagamento nesta segunda.

O crescimento foi impulsionado pelo varejo online, que avançou 38,6% enquanto nas lojas físicas houve crescimento de 8,8%.

As vendas de Natal nos shoppings cresceram 10% neste ano, já descontada a inflação, na comparação com a temporada de compras do ano passado, divulgou a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings) nesta segunda.

No balanço anual, os centros comerciais projetam encerrar 2021 com R$ 204 bilhões em vendas. A cifra representa um crescimento de 58% em relação a 2020. Na comparação com o resultado de 2019, porém, houve queda de 3,5%.

Nos Estados Unidos, as vendas no varejo no país aumentaram 8,5% durante a temporada de compras de fim de ano em 2021, de 1º de novembro a 24 de dezembro, impulsionadas por um boom do comércio eletrônico, mostrou um relatório da Mastercard Inc.

Referência do mercado americano por reunir 500 das principais empresas do país, o índice S&P 500 subiu 1,39% e alcançou a sua melhor pontuação histórica.

A Nasdaq, que reúne parcela importante das empresas ligadas ao comércio eletrônico, também subiu 1,39% e chegou perto de renovar a pontuação recorde, alcançada em novembro deste ano.

Índice acionário mais tradicional do país, o Dow Jones avançou 0,98%.


O volume de negociações nesta semana, porém, é inferior à média devido ao grande número de operadores ausentes.

Para analistas da Clear Corretora, isso revela um baixo interesse dos investidores em tomar posição e a irrelevância desta sessão da B3, a Bolsa brasileira, no rumo do mercado no curtíssimo prazo.

a análise do Wall Street Journal sobre o mercado americano nesta segunda afirma que esta é tradicionalmente "uma semana pouco frequentada, mas otimista".

Ações do setor de empresas do setor de saúde também foram positivamente impactadas por um estudo sul-africano publicado na revista científica Medrxiv.

A análise sugere que a ômicron tem chance de hospitalização até 70% menor em relação à variante delta. Se comparada com as primeiras cepas (Alfa, Beta e Gama), o percentual chega a 80%.

As ações da Magazine Luiza avançaram 9,35%, liderando as altas do pregão. Everton Medeiros, especialista da Valor Investimentos, diz que a alta reflete principalmente divulgação pela empresa da emissão de R$ 2 bilhões em debêntures. "Isso também puxou altas em todo o setor", disse.

A Via avançou 8%, ocupando a segunda maior alta do dia, seguida pela Qualicorp, que subiu 4,91%

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