As reações ao mega-aumento da Petrobras, quiz da semana e o que importa no mercado

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Em mais uma semana marcada pelos efeitos econômicos da guerra na Ucrânia, o destaque ficou para o sobe e desce das commodities –e seu impacto aqui no Brasil. Faça o quiz para saber se você está por dentro do que aconteceu nos últimos dias:

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As reações ao reajuste da Petrobras

Depois de 57 dias sem reajustar os preços dos combustíveis no país, a Petrobras anunciou aumento nas refinarias de 18,8% para a gasolina, 24,9% para o diesel e 16,1% para o gás de cozinha.

Em números: a gasolina vendida pela Petrobras representa 73% da mistura vendida nos postos, e o impacto na bomba será de R$ 0,44 por litro. O preço médio nacional deverá passar de R$ 7 pela primeira vez na história.

  • O diesel subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51. O botijão de 13 quilos do gás de cozinha poderá passar dos R$ 102 para cerca de R$ 110.

O que explica: com a disparada das cotações do petróleo, a Petrobras acumulava uma defasagem grande, o que inviabiliza importações e pode gerar desabastecimento no país, principalmente de diesel. As ações da estatal fecharam o dia em alta de 3,5%.

Mesmo com esse megarreajuste, o setor ainda calcula que os valores estão defasados. Na quarta (9), a diferença era de R$ 0,81 na gasolina e R$ 1,17 no diesel.

Reação nas ruas... O anúncio dos reajustes, que passam a valer nesta sexta-feira (11), gerou filas em postos de combustíveis e fez brasileiros esperarem quatro horas para abastecer na Argentina.

  • As transportadoras de cargas dizem que não conseguirão segurar o repasse, e o aumento deve pressionar os preços de tudo que é movimentado por caminhões no país.
  • As empresas de ônibus afirmam que o mega-aumento no óleo diesel ameaça o transporte público.
  • Vai sobrar para a inflação: o impacto dos aumentos é estimado em 1,5 ponto percentual pelo Ibre-FGV, sem contar o efeito sobre fretes e transportes. Isso eleva a estimativa do IPCA deste ano de 6,2% para 7,5% —mas há bancos considerando 8,5%.

...e na política: o Senado aprovou nesta quinta dois projetos que tratam de combustíveis.

Análise: Bolsonaro espumou, mas teve de engolir reajuste inevitável, por risco de falta de diesel, escreve o colunista Vinicius Torres Freire.

Fila em posto de combustíveis em São Caetano (SP) horas após o anúncio de mega-aumento da Petrobras; reajustes valem a partir desta sexta (11)
Fila em posto de combustíveis em São Caetano (SP) horas após o anúncio de mega-aumento da Petrobras; reajustes valem a partir desta sexta (11) - Rivaldo Gomes/Folhapress

Startup de contabilidade capta R$ 320 mi

A startup Contabilizei anunciou nesta quinta que recebeu um aporte de R$ 320 milhões. O investimento foi liderado pelo fundo do Softbank focado na América Latina e também teve participação do banco americano Goldman Sachs, além da Pruven Capital.

A empresa não informou em quanto ficou avaliada após o aporte.

A startup: fundada em 2013, presta serviços contábeis, como cálculo e emissão de imposto e controle de movimentação financeira, para as micro e pequenas empresas (receita anual de até R$ 4,8 milhões).

  • Seus planos mensais variam de R$ 96 a R$ 349. A empresa afirma ter mais de 30 mil clientes em mais de 60 municípios do país.

Destino do aporte: os recursos devem ser destinados para a expansão da startup, dos atuais 900 empregados para mais de 1.300 até o fim do ano, e também para aquisições.

IPO? O fundador e presidente da Contabilizei, Vitor Torres, adiantou à agência Reuters que está nos planos a abertura de capital em bolsa nos próximos anos.


Dê uma pausa: Elizabeth Holmes

Acaba de chegar ao Brasil a série sobre a empreendedora que foi chamada de "a próxima Steve Jobs" por encantar o Vale do Silício, mas que acabou sendo condenada em janeiro deste ano por fraude numa conspiração para enganar investidores.

A pena de Elizabeth Holmes, 37, pode chegar a 20 anos de prisão.

Entenda: a ex-aluna de Stanford atraiu investidores com promessas de revolucionar o atendimento de saúde com sua startup Theranos, que chegou a ser avaliada em US$ 9 bilhões (R$ 45 bilhões).

Seu plano de realizar múltiplos testes com uma gota de sangue virou conversa para boi dormir depois que reportagens revelaram que a tecnologia de seus equipamentos não era tão eficiente como ela alardeava.

"The Dropout": acompanhamos Amanda Seyfried vivendo o papel de Holmes durante seus anos de formação até sua empresa virar pó. Apesar do roteiro intrigante, a série simplifica a protagonista, opina Luciana Coelho. Disponível no Star+.

Além da economia:

  • Expresso Ilustrada: Pedro Bandeira fala em podcast sobre censura, racismo e educação; ouça.
  • GuiaFolha: conheça Manoel Beato, sommelier que une vinhos e literatura há 30 anos no Fasano.

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