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Finnair afasta até 650 tripulantes após Rússia fechar espaço aéreo

Muitos voos para Ásia tornaram-se inviáveis e companhia discute licenças com funcionários

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Murilo Basseto
Americana (SP) | Aeroin

A empresa aérea Finnair, baseada na Finlândia, no Norte da Europa, informa que o fechamento do espaço aéreo russo causou mudanças consideráveis ​​no tráfego da companhia, levando a possíveis impactos importantes em sua força de trabalho, já que muitos de seus voos para a Ásia tornaram-se inviáveis de serem cumpridos sem sobrevoar a Rússia.

A Finnair ligou nesta quinta (3) para os representantes dos funcionários para discutir planos sobre possíveis licenças de até 90 dias, que, se implementadas, afetariam as tripulações de voo.

A necessidade estimada de licenças mensais adicionais a partir de abril para pilotos varia de 90 a 200 e para tripulantes de cabine, de 150 a 450 funcionários, totalizando 240 a 650 afastamentos temporários.

Airbus A330-300 da Finnair, maior companhia aérea da Finlândia - Masakatsu Ukon/Wikimedia Commons

A necessidade final de licença, no entanto, depende de como a situação excepcional progride e quais mitigações podem ser encontradas, e serão definidas durante as negociações.

As negociações dizem respeito a todos os 2.800 pilotos e membros da tripulação de cabine na Finlândia. Além disso, a Finnair avalia os impactos em relação aos funcionários fora da Finlândia nos destinos onde se estima que a disponibilidade de trabalho diminua.

A Rússia emitiu um notam (aviso aos aviadores) na segunda-feira (28), sobre o fechamento do espaço aéreo russo até 28 de maio de 2022. A Finnair cancelou todos os seus voos para a Rússia até a referida data e até agora cancelou parte de seus voos asiáticos até 6 de março de 2022.

Atualmente, a Finnair ainda mantém voos evitando o espaço aéreo russo para Singapura, Bangkok, Phuket, Delhi e a partir de 9 de março para Tóquio, e atualmente está avaliando possibilidades de operar parte de seus voos para Coreia do Sul e China com rotas alternativas. Ao mesmo tempo, a Finnair está preparando um plano de malha alternativa caso a situação se prolongue.

"Com o espaço aéreo russo fechado, haverá menos voos da Finnair e, infelizmente, menos trabalho disponível para nossos funcionários", diz Jaakko Schildt, diretor de operações da Finnair. "Uma grande parte de nossa equipe esteve em longas licenças durante a pandemia, então a necessidade de mais licenças parece especialmente dura, e lamentamos por isso."

A Finnair afirma que o tráfego de passageiros e carga entre a Ásia e a Europa desempenha um papel importante em sua rede de voos. Antes da pandemia, mais da metade da receita da Finnair vinha desse tráfego. Durante a pandemia, muitos países asiáticos restringiram as viagens, mas a Finnair operou muitas de suas rotas asiáticas apoiadas pela forte demanda de carga.

Realizar os voos evitando o espaço aéreo russo adiciona várias horas ao tempo de voo, e o aumento do preço do combustível de aviação combinado com o trajeto mais longo pesa muito na possibilidade de equilíbrio financeiro dos voos.

A frota de longo curso da Finnair é composta por 16 Airbus A350-900 (+3 encomendados) e 8 Airbus A330-300.

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