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O banqueiro condenado por incluir clubes de strip-tease nas despesas corporativas

Pierin Vincenz é condenado a quase quatro anos de prisão por acusações que incluem fraude

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Londres | BBC News Brasil

O ex-diretor de um banco suíço foi condenado a quase quatro anos de prisão por acusações de fraude envolvendo clubes de strip-tease.

O tribunal de Zurique apontou que Pierin Vincenz, de 65 anos, usou o cartão de crédito da empresa para pagar visitas a clubes de strip-tease e também encontros marcados pelo Tinder, viagens de férias e jantares.

O interesse público no caso foi tamanho que o julgamento foi transferido de um tribunal de Zurique para uma sala de concertos.

O julgamento em Zurique atraiu considerável interesse da mídia
Pierin Vincenz, ex-CEO do banco suíço Raiffeisen, foi condenado por usar recursos da empresa para pagar despesas pessoais - Reuters

Vincenz, que foi presidente-executivo do Raiffeisen Bank, e um corréu, vão recorrer da decisão.

De acordo com os promotores, Vincenz e o ex-chefe de uma empresa de cartões de crédito, Beat Stocker, pagaram dezenas de despesas pessoais com o dinheiro do banco.

Stocker foi preso por quatro anos, e Vincenz —que já foi premiado como banqueiro do ano na Suíça— foi condenado a três anos e nove meses de prisão.

Segundo a mídia suíça, o juiz considerou que as muitas visitas de Vincenz a clubes de strip não eram "de interesse do banco".

Pierin Vincenz, ex-CEO do banco suíço Raiffeisen, foi condenado por usar recursos da empresa para pagar despesas pessoais
O julgamento em Zurique atraiu considerável interesse da mídia - Reuters

Valores de quase 200 mil francos suíços (cerca de R$ 1 milhão), oriundos de visitas a clubes de strip, foram colocados nas despesas da empresa como se fizessem parte dos negócios, relata a agência de notícias Reuters.

Uma refeição de 700 francos (por volta de R$ 1 mil) com uma mulher que Vincenz conheceu pelo aplicativo de relacionamentos Tinder foi descrita nas contas do banco como uma "entrevista de emprego".

O correspondente da BBC na Suíça, Imogen Foulkes, diz que o caso envolvendo um alto executivo prejudicou a reputação do Raiffeisen, um banco pequeno e cooperativo com 200 agências que atendem a comunidades locais.

Agora, diz Foulkes, para muitos suíços o caso se tornou sinônimo de uma abordagem muito descuidada do dinheiro por parte de um banco que deveria prezar justamente por isso.

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