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Musk mais longe do Twitter
Um acerto entre Elon Musk e Twitter para sacramentar a compra da rede social está cada vez mais longe de acontecer, segundo reportagem publicada pelo Washington Post nesta quinta (7).
O jornal cita fontes próximas às negociações para afirmar que a equipe do bilionário não conseguiu verificar a quantidade de usuários falsos da plataforma e tem se afastado das negociações.
O que emperra o acordo: Musk vem dizendo há alguns meses que não faria negócio se o Twitter não conseguisse comprovar para ele que a fatia de contas falsas na plataforma é realmente menor que 5%, como ela afirma.
- O bilionário surgiu com o questionamento no momento em que as ações de tecnologia despencaram com a alta de juros nos EUA.
- O timing fez analistas questionarem o real motivo por trás de sua intenção de tumultuar o negócio de US$ 44 bilhões (R$ 210,9 bilhões).
- O lado que desistir do acordo deve pagar US$ 1 bilhão.
O que diz o Twitter: a rede vem se defendendo com a afirmação de que tem compartilhado os números com Musk, mas que a análise do percentual de contas falsas não pode ser replicada por terceiros por envolver dados pessoais dos usuários.
- Nesta quinta, a plataforma disse remover diariamente mais de 1 milhão de contas consideradas como spam.
Por que a estatística importa: as contas falsas diminuem o indicador de usuários ativos diários, métrica muito importante para as redes sociais. Ela é usada por empresas como critério para anunciar em plataformas.
Por que o euro está tão desvalorizado?
O euro está perto de atingir a paridade com o dólar, algo que não acontece desde dezembro de 2002. Nesta quinta (7), a moeda comum europeia valia US$ 1,02.
Em números: há um ano, a divisa era cotada em US$ 1,18 e veio se desvalorizando desde então. O valor mais baixo a que chegou a ser negociada foi em julho de 2001, quando valia US$ 0,83.
O que explica? Um conjunto de fatores tem contribuído para a desvalorização do euro:
- Guerra na Ucrânia: os países que adotam a moeda estão mais expostos aos prejuízos econômicos decorrentes do conflito. A maior parte da energia consumida no continente –gás natural e diesel– vinha da Rússia, e tudo ficou mais caro.
- Dólar fortalecido: os temores de uma recessão global levam a uma corrida natural para a moeda americana, que se fortalece diante de outras divisas.
- BCE atrasado: ao contrário do Fed, que começou a subir os juros em março, o banco central europeu só deve fazer esse movimento em julho, o que contribui para a fuga de capital para os EUA.
Dólar esfria nesta quinta: depois de se valorizar diante da maioria das divisas globais na véspera com o temor de recessão global, a moeda americana perdeu impulso. Por aqui, caiu 1,43%, cotada a R$ 5,34.
A Bolsa brasileira voltou ao patamar simbólico dos 100 mil pontos em dia de notícias positivas vindas do Oriente.
- A China anunciou novos incentivos para a economia local, o que impulsionou as cotações das commodities e empurrou o Ibovespa para cima, que fechou em alta de 2,04%, a 100.729 pontos.
Dê uma pausa: moradias minúsculas
Um apartamento de 10 m² na região central de São Paulo viralizou recentemente após um vídeo de um corretor de imóveis no Tiktok que mostra todo o apartamento –considerado o menor da América Latina– em 39 segundos.
O que também chamou atenção foi o preço do apartamento sem mobília: R$ 200 mil. O assunto reacendeu a discussão sobre o custo da moradia em regiões nobres na capital paulista.
A situação é ainda mais complicada em Hong Kong, onde os moradores chegam a viver em moradias que são semelhantes a gaiolas.
- O canal americano Vox foi até um dos lugares mais caros para morar no mundo e mostra como os honcongueses se viram em apartamentos de 7m² a 13m². No Youtube (legendas em português).
Há também quem prefere se mudar para um lugar menor para aliviar as contas ou para ter a possibilidade de viajar dentro de casa, em um trailer.
- Esses exemplos estão no reality da Netflix "Movimento Tiny House". Um apresentador e um especialista apresentam a famílias como elas podem morar em espaços menores e ainda assim ter conforto.
Além da economia:
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