Estreia do 5G, El Salvador vê adoção tímida do bitcoin e o que importa no mercado

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Como foi a estreia do 5G

No dia de sua estreia no país, em Brasília, o 5G não chegou a todo mundo, teve velocidade instável e o usuário não teve certeza se estava conectado à versão pura ou impura.

Entenda: com o início das operações da telefonia de quinta geração, foi liberada a frequência de 3,5 GHz (gigahertz), por onde navega o 5G puro. O impuro usa a mesma do 4G, e pode até ter velocidade menor que a geração anterior.

Como foi: em algumas áreas nobres da capital, a conexão garantiu velocidades bastante superiores – até dez vezes maiores que as da tecnologia 4G.

  • Vídeos baixaram instantaneamente, especialmente no app da Netflix, que antes levava cerca de oito segundos para começar a exibição do conteúdo.
  • No entanto, essa velocidade oscilou bastante dependendo da área da cidade, e mesmo na região do Plano Piloto o 5G desapareceu em alguns locais.

Operadoras: a Claro foi a primeira a ligar sua rede exclusiva do 5G na capital federal, às 5h26, com 82 antenas.

A TIM foi a que instalou mais antenas, com 164, e a Vivo somou mais 78. Juntas, as três têm 324 antenas, que cobrem 80% da cidade de Brasília. A concentração delas é maior no Plano Piloto e na região dos lagos (sul e norte).

Quem pode acessar: as teles dizem que aqueles com aparelhos compatíveis com o 5G puro (veja aqui quais são) já têm acesso ao novo serviço.

  • A TIM estabelece um prazo de até três meses para que seus clientes optem por migrar para o 5G puro. Quem adotar, usa o serviço por um ano de graça e depois paga R$ 20 a mais no seu plano mensal.
  • Vivo e Claro decidiram não cobrar a mais de seus clientes na tecnologia 5G. No entanto, não deixam claro em qual das redes o cliente estará conectado.

Próximos passos: a telefonia de quinta geração deve ser espalhada pelas demais capitais do país até o fim de setembro. Belo Horizonte e Porto Alegre devem ser as próximas a receber a novidade.


Gasolina deve cair em média R$ 1,55

O Ministério de Minas e Energia calcula que os cortes de impostos aprovados pelo Congresso devem reduzir em R$ 1,55 por litro o preço médio da gasolina no país.

A comparação é feita em relação ao preço recorde de R$ 7,390 atingido antes das medidas começarem a valer. Do dia 26 de junho a 2 de julho, a queda média foi de R$ 0,26 por litro, segundo a ANP.

O que explica: os cálculos do ministério levam em conta o teto de 17% a 18% na alíquota do ICMS para os combustíveis – cuja aplicação só não foi anunciada ainda pelo Acre– e o fim dos tributos federais PIS/Cofins e Cide sobre gasolina e etanol até o fim do ano.

Um decreto publicado nesta quinta (7) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) obriga os postos a exibirem os preços dos combustíveis praticados antes da lei que limitou a cobrança do imposto estadual.

Em números: Rio de Janeiro e Minas Gerais, que tinham as maiores alíquotas, têm os impactos mais significativos estimados pelo ministério: R$ 1,94 e R$ 1,86 por litro, respectivamente.

  • Para o etanol hidratado, a expectativa do ministério é de corte médio de R$ 0,31 por litro, uma redução de 6,3%.

Queda do petróleo elimina diferença: o tombo nas cotações no barril do tipo Brent nos últimos dias acabou, pela primeira vez em mais de um mês, com a defasagem dos preços da gasolina e do diesel praticados no Brasil.

O cálculo é da Abicom, associação de importadores.

Cbios pressionam preços: os créditos de carbono do setor de combustíveis no Brasil bateram R$ 202 na quinta (30) e podem reduzir o corte no preço dos combustíveis.

  • As distribuidoras são obrigadas a comprar esses certificados para compensar a emissão de poluentes no consumo dos produtos.
  • As cotações começaram o ano em R$ 45 e devem tem um impacto de R$ 0,15 por litro.

Aposta de El Salvador se mostra arriscada

El Salvador, um país da América Central com cerca de 6,5 milhões de habitantes, foi destaque ao redor do mundo depois que seu presidente, Nayib Bukele, tornou o bitcoin como a moeda oficial do país ao lado do dólar.

Dez meses depois de ter adotado a cripto, a aposta parece não ter dado retorno.

Relembre: o país tornou o bitcoin como oficial em 7 de setembro, em meio a protestos da população. Para incentivar o uso da cripto, o governo deu US$ 30 para cada habitante que baixasse o Chivo Wallet, um app de pagamentos.

  • O dinheiro alocado no ano passado pelo governo para incentivar a novidade foi equivalente a 15% de seu orçamento anual de investimentos.

Não pegou: apesar de Bukele afirmar que mais de 60% dos salvadorenhos baixaram o Chivo, apenas 10% deles seguiram usando o app depois de gastar seu prêmio de US$ 30, segundo pesquisa realizada por três economistas dos EUA.

  • Eles também constataram que o app quase não registrou novos usuários neste ano.

Sobe e desce: o presidente do país foi criticado por organismos internacionais na época por tornar uma criptomoeda volátil como divisa oficial.

  • Desde a adoção, a cotação do bitcoin já caiu cerca de 60%, e o tombo também afeta as contas do país, que tem nas criptos parte de suas reservas.
  • Em postagem recente no Twitter, Bukele disse que o país segue comprando a moeda digital.

Mais sobre criptos:

Criptomoedas não são o novo sistema monetário de que precisamos, escreve Martin Wolf, comentarista-chefe de economia no Financial Times.


SP tem o menor apartamento da América Latina

Um apartamento de 10 m² com preço de R$ 200 mil viralizou nesta semana e reacendeu a discussão sobre o custo da moradia na capital paulista.

Entenda: a polêmica surgiu com o vídeo de um corretor de imóveis no Tiktok (assista) apresentando o apartamento sem mobília em 39 segundos.



Essa é a ideia: segundo a incorporadora Vitacon, trata-se do menor apartamento da da América Latina.

  • As 72 unidades de 10m² foram lançadas há cinco anos, por R$ 99 mil, e estão localizadas em Santa Cecília, na capital paulista.
  • O imóvel é voltado para um público formado por jovens solteiros, estudantes ou profissionais liberais, que optam por morar em uma região central e ter praticidade no dia a dia.
  • A Vitacon afirma que compensa a falta de espaço nos apertamentos com áreas compartilhadas no edifício, como coworking, cokitchen, lavanderia, academia e cinebar.
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