Descrição de chapéu mercado de trabalho

Brasil registra criação de 277,9 mil vagas com carteira assinada em junho, e 1,3 milhão no ano

Projeção do governo é que mercado formal irá gerar cerca de 1,5 milhão de novos trabalhos no ano

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Brasília

​Em junho, foi registrada a abertura de 277,9 mil vagas de emprego com carteira assinada no Brasil, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O saldo foi resultado de 1,898 milhão de contratações e 1,621 milhão de desligamentos no mês, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

A abertura de vagas formais no mês mostra uma tendência de aquecimento do mercado de trabalho no ano.

Trabalhador mostra carteira de trabalho ao procurar por oportunidades de emprego no centro de São Paulo - Amanda Perobelli - 29.mar.2019/Reuters

O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, reforçou a previsão de 1,5 milhão de novas vagas no ano.

No acumulado de janeiro a junho, o saldo no mercado de trabalho formal brasileiro é positivo, com 1,334 milhão de novas vagas.

Segundo Oliveira, o segundo semestre é geralmente marcado pelo aumento na criação de emprego formal, principalmente por causa dos setores de comércio e serviços.

"Podemos ficar otimistas e chegaremos a um número bastante significativo ao final de 2022", disse o ministro, ao anunciar os dados.

Em janeiro foram criados 155,5 mil novos contratos e, em fevereiro, 336,6 mil. A partir de março, o resultado foi menor. Foram 91,2 mil novos postos de trabalho em março, seguidos de 199 mil em abril, e 274,6 mil em maio.

Junho, que teve abertura de 277,9 mil vagas, seguiu a tendência de reaquecimento no mercado formal. O resultado é o segundo melhor do ano.

Neste ano, o Caged sofre a influência do fim gradual dos efeitos do programa emergencial de manutenção de emprego. Criada na pandemia, a medida foi considerada fundamental por especialistas para sustentar o mercado de trabalho durante o auge da crise da Covid-19.

Agora, o ministério avalia que o término do programa e o fim da proteção dos vínculos empregatícios fazem os dados dependerem mais do desempenho da atividade econômica.

Ex-ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirmou no início do ano que a projeção da pasta é de criação de 1,5 milhão a 2 milhões de vagas formais em 2022 —o que foi visto por muitos analistas como pouco provável.

Oliveira, agora, fala em um resultado próximo de 1,5 milhão.

De janeiro a junho do ano passado, haviam sido abertos 1,478 milhão de empregos com carteira assinada.

Segundo o ministério, a comparação entre os dois períodos é difícil, pois é entre dois momentos atípicos. No ano passado o país se recuperava do tombo na economia por causa dos efeitos da chegada da pandemia em 2020.

Mesmo assim, o governo destaca que a abertura de 277,9 mil vagas em junho está bem próxima do resultado do mesmo mês do ano passado (310 mil).

O saldo de junho (criação de 277,9 mil vagas) reflete o desempenho positivo em todos os cinco grandes setores da economia brasileira. O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 124,5 mil vagas no mês.

Em seguida estão comércio (47,1 mil), indústria ( 41,5 mil novos postos), agropecuária (34,4 mil vagas abertas) e, por último, construção (30,2 mil).

O salário médio de admissão no país continua abaixo de um ano antes. Em junho, o indicador ficou em R$ 1.922,77—abaixo do patamar de R$ 2.026,10 registrado no mesmo mês de um ano atrás, com correção da inflação.

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