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PF faz nova operação contra fraude bilionária envolvendo o 'faraó dos bitcoins'

Segundo investigação, esquema usava pirâmides financeiras e prometia ganhos por meio da especulação de criptomoedas

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Vitor Abdala
Rio de Janeiro | Agência Brasil

Policiais federais deflagraram nesta quinta-feira (11) a quarta fase da operação Kryptos, que investiga fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro e de Cabo Frio (RJ).

A primeira fase da Operação Kryptos foi desencadeada em agosto do ano passado para investigar uma empresa, sediada na região dos Lagos, do Rio de Janeiro, que usava esquema de pirâmides financeiras, por meio da especulação no mercado de criptomoedas e a promessa, aos clientes, de retorno financeiro. Mais duas fases foram executadas no início deste ano: Valeta, em fevereiro, e Betka, em março.

Na primeira etapa, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", foi preso por suposto esquema de pirâmide.

O empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", faz apresentação sobre sua empresa - Reprodução

A quarta fase, que recebeu o nome de Flyer One, tem como foco a atuação do grupo nos Estados Unidos. O esquema passou a funcionar também fora do Brasil, captando recursos de pessoas em países como EUA e Portugal.

Nos Estados Unidos, o esquema foi comandado por um homem que fugiu do Brasil com passaporte falso, devido a uma condenação prévia por tráfico internacional de drogas.

O esquema, segundo a PF, usava documentos falsos para justificar depósitos em contas bancárias nos EUA. A investigação constatou o depósito de criptoativos lastreados em dólar americano (stable coins) na conta do homem apontado como líder da organização.

Alvos da ação de hoje que estão nos Estados Unidos foram incluídos na lista vermelha (red notice) da Interpol. Os investigados poderão responder pelos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais.

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