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Concurso do INSS terá provas em 27 de novembro; veja como estudar

Segundo federação, governo prometeu cadastro de reserva para contratar no total 3.500 servidores

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Curitiba e São Paulo

As provas do concurso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que terá 1.000 vagas de técnicos do seguro social, serão realizadas no dia 27 de novembro, e os candidatos têm pouco tempo para se preparar.

As inscrições do concurso começam nesta sexta (16) e vão até 3 de outubro no site do Cebraspe (antigo Cespe/UnB). A taxa é de de R$ 85. O edital do concurso do INSS 2022 foi publicado no Diário Oficial da União.

A abertura de vagas é esperada por candidatos de concursos e por representantes de funcionários do órgão, que apontam um déficit de 23 mil servidores em todo o país. A última seleção do órgão teve mais de 1 milhão de inscritos para 950 vagas. Cada vaga de técnico do seguro social foi disputada por 1.304 inscritos.

O salário bruto inicial oferecido para técnico do seguro social pode chegar a R$ 5.905,79 para jornada de trabalho de 40 horas semanais. Segundo o edital, a remuneração bruta inicial corresponde a ao vencimento básico de R$ 712,61, mais a GAE (Gratificação de Atividade Executiva), no valor de R$ 1.140,18, mais a GDASS (Gratificação de Desempenho da Atividade do Seguro Social), que pode chegar a R$ 3.595 na classe A, do padrão 1 e auxílio-alimentação no valor de R$ 458.

O candidato precisa ter nível médio completo ou curso técnico equivalente e ter no mínimo 18 anos.

Segundo Viviane Peres, diretora da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde), a entidade se reuniu nesta terça (13) com o ministro da Previdência, José Carlos Oliveira, representantes do Ministério da Economia e o presidente do INSS, Guilherme Serrano, e recebeu a informação de que, além das 1.000 vagas do concurso, será feito um cadastro de reserva. "Disseram que eles pretendem também chamar esse cadastro reserva, que vai totalizar a contratação de 3.500 servidores", afirma.

Mulher em pé em meio a um caracol de livros, organizados como uma espécie de "efeito dominó", sem aparecer as capas
Três grandes concursos públicos que podem ser realizados ainda em 2022 tiveram suas bancas confirmadas: Senado, Receita Federal e INSS - Marcus Leoni/Folhapress

Como estudar para o concurso do INSS, com banca da Cebraspe?

Conhecer o estilo de cobrança da banca examinadora de um concurso público é uma das principais recomendações de professores de cursinhos preparatórios, pois cada banca tem um estilo característico de avaliação.

A Cebraspe (antigo Cespe/UnB), que fará a seleção, é conhecida do público que se prepara para o concurso do INSS, pois foi a banca nas duas últimas edições do órgão. "Existe um universo muito grande de questões recentes da Cebraspe para o treino dos nossos alunos", relata Arthur Lima, um dos sócio-fundadores do Direção Concursos e ex-auditor da Receita Federal.

Conteúdos de editais e provas anteriores recentes também podem ser usados para guiar o candidato.

Fernanda Helene, advogada especialista em direito previdenciário e professora no AlfaCon, relata que a expectativa é que 70 das questões da prova abordem seguridade social, e 15, língua portuguesa, mas que não é por isso que o candidato deve deixar de estudar todas as disciplinas: "Essa pontuação, isoladamente, não será suficiente para a aprovação do candidato, devido ao histórico de alta nota de corte", explica.

Federação de servidores diz que vagas são insuficientes

A Fenasps diz que as 1.000 vagas do novo concurso serão insuficientes para suprir o déficit de servidores do órgão, de 23 mil trabalhadores, e para resolver um dos principais problemas: a fila de espera para a concessão de benefícios.

"Hoje o INSS conta com cerca de 19.500 servidores, ou seja, perdemos mais servidores do que temos hoje. Com relação ao concurso, 1.000 vagas certamente serão insuficientes para suprir esse déficit. Não dá um servidor por agência no INSS, são cerca de 1.500 agências", diz Viviane Peres.

A Fenasps também critica a ausência de vagas para analistas do seguro social. "Há uma demanda muito grande do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que conta com 600 mil pessoas na fila, entre pessoas com deficiência e idosos, e esse benefício necessita de uma avaliação social por um analista do seguro social com formação em serviço social. Se temos toda essa fila, que é histórica e só se amplia cada vez mais, seria necessário ter aberto vagas para analistas do seguro social com essa formação específica."

Segundo dados do INSS, de cada 10 cidadãos que esperam pela concessão do benefício na fila 4 deles aguardam pelo benefício assistencial de um salário mínimo (R$ 1.212).

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