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MPF exige que peritos do INSS usem crachás nas agências de São Paulo

Segundo órgão, falta de identificação dificultava reclamações e denúncias

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São Paulo

O MPF (Ministério Público Federal) exigiu que peritos médicos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no estado de São Paulo passem a usar crachás durante o expediente. Segundo o órgão, a falta de identificação dificultava eventuais contestações da atuação desses profissionais.

Depois de cobrar explicações ao INSS e aos ministérios da Economia e do Trabalho e Previdência, foram confeccionadas e entregues 436 identificações. A orientação é que é necessário usá-las durante os atendimentos.

Após a entrega dos crachás, o MPF arquivou o inquérito.

Fachada do prédio do INSS em Brasília - Antonio Molina - 04.jan.2022/Folhapress

Em nota, o MPF disse ter recebido relatos de segurados paulistas nos últimos anos sobre as dificuldades que tiveram para denunciar falhas em perícias, pois não sabiam os nomes dos peritos. "Ao cidadão é garantido o respeito e a adoção de providências em caso de não receber tratamento digno. Por essa razão, foram requisitadas diversas providências a cargo dos órgãos responsáveis a fim de propiciar a confecção, distribuição e devidas advertências quanto à ausência do uso de crachás pelos peritos médicos", disse a procuradora Priscila Costa Schreiner, responsável pelo inquérito, em nota.

A ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos) informou que o uso do crachá de identificação nunca foi alvo de resistência por parte dos profissionais. "Esse, inclusive, foi um pleito da categoria durante vários anos. Ocorre que, enquanto os servidores estavam vinculados ao INSS, a autarquia jamais priorizou essa questão, assim como diversas outras. Apenas em 2022, quando ficamos sob a hierarquia do MTE, é que o crachá de identificação foi confeccionado".

Segundo a associação, os servidores não encaram a identificação de seus membros com crachás como uma espécie de ameaça. "Gostaríamos, contudo, que o MPF fosse diligente em relação a outros pontos que consideramos urgentes e de muito maior relevância para os servidores e para os próprios segurados e que o MPF não vem dando resposta a contento até o presente", afirma, em nota.

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