A Meta, controladora do Facebook, anunciou nesta quarta-feira (26) uma desaceleração cada vez mais profunda e alertou que a receita do quarto trimestre pode ficar abaixo do esperado, em meio a uma queda brutal na publicidade digital enfrentada pelas big techs.
As ações da Meta caíram mais de 12% após a empresa ter projetado que a receita do trimestre atual deve ficar entre US$ 30 bilhões a US$ 32,5 bilhões, em comparação com as expectativas dos analistas de US$ 32,2 bilhões.
A receita da companhia caiu 4% no terceiro trimestre, para US$ 27,71 bilhões, após uma queda de 1% no último balanço. O resultado foi levemente melhor que as estimativas dos analistas de uma queda de 5%, para US$ 27,4 bilhões. O lucro líquido caiu 52% em relação ao ano anterior, para US$ 4,4 bilhões, abaixo das estimativas de US$ 5 bilhões, segundo a S&P Capital IQ.
A Meta é a mais recente big tech a apresentar resultados medíocres e uma perspectiva ainda mais sombria, já que uma desaceleração econômica mais ampla e a inflação crescente continuam a afetar empresas que dependem de publicidade, com marcas apertando os cintos e reduzindo gastos com marketing.
"Embora enfrentemos desafios de curto prazo na receita, os fundamentos estão lá para um retorno a um crescimento mais forte da receita", disse Mark Zuckerberg, fundador e executivo-chefe da Meta.
Ele disse que a Meta está "se aproximando de 2023 com foco na priorização e eficiência que nos ajudará a navegar no ambiente atual e emergir como uma empresa ainda mais forte".
A Meta também foi afetada pela rápida expansão do número de funcionários durante a pandemia e investir na visão de Zuckerberg de construir o metaverso, ao lado de outros projetos de realidade virtual e aumentada que não devem dar retorno pelos próximos anos.
O grupo também enfrentou uma concorrência crescente do popular aplicativo de vídeos curtos TikTok, de propriedade da ByteDance, da China.
No final de setembro, a Meta anunciou internamente que estava implementando um congelamento de contratações "para a maioria das funções da empresa" e "minimizaria os custos", de acordo com um memorando visto pelo Financial Times.
(Tradução de Marcelo Azevedo)
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